Inovação, hoje, é muito mais do que fazer as coisas de maneira diferente para obter um resultado mais eficiente. Inovação é uma necessidade para qualquer negócio sustentável. Pelo uso da tecnologia é possível otimizar processos e fazer o mesmo gastando menos. Estamos vivendo tempos de mudanças climáticas, de escassez de recursos naturais, de gases de efeito estufa, de emissões de carbono, que, segundo os cientistas, podem trazer sérias conseqüências para a vida humana e do planeta.
Em artigo publicado durante a Conferência Rio+20, o chairman do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Marcos Bicudo, lembra que “este é um momento histórico para o planeta. É agora que devemos decidir se queremos fazer parte do remodelamento do futuro. Neste novo ambiente, as empresas só obterão sucesso se forem revolucionárias na maneira de inovar... e se souberem aplicar a inovação sustentável em sua plenitude e de forma simples e interdependente, como a natureza já o faz desde sempre”.
Mas, levando em conta um mundo mais sustentável, inovar como e visando a quê?
As duas perguntas são facilmente respondidas por empresários engajados com uma nova forma de gestão, que busca transformar riqueza natural em desenvolvimento, sem colocar em risco as gerações atuais e futuras. Para isso, investir é preciso. Tanto em equipamentos, quanto em treinamentos para enfrentar os desafios que se impõem hoje.
Exemplos dessa transformação em pequena escala não faltam. Há muito pouco tempo as garrafas pet, por exemplo, eram consideradas as grandes vilãs do meio ambiente. Hoje já se produz brincos feitos com esse resíduo. A mesma coisa com sementes que eram jogadas fora e agora enfeitam muitas casas, transformadas em porta-copos, jogo americano e outros utensílios. Pneus recuperados, alumínio das latas de cerveja e refrigerante viram brinquedos e enfeites.
Em grande escala, as empresas também já estão criando um mundo de possibilidades, com reúso, reciclagem e reaproveitamento. O primeiro desafio é deixar o mínimo possível de lixo na pós-produção e no pós-consumo. E aí, faz sentido a comparação de Bicudo com o sistema da natureza, no qual tudo é aproveitado. “Não existe lixo. Até mesmo a mais diminuta bactéria se alimenta de resíduos e recicla nutrientes para um novo ciclo de vida”, afirma.
Outro desafio, talvez maior, é não poluir e devolver à natureza a maior quantidade possível de recursos que precisamos utilizar.
Fazer negócio de maneira sustentável é a base para as atividades e os investimentos de empresas que têm essa nova visão. Aqui no Brasil, a Vale desenvolve dois projetos que empregam essa premissa: Ferro Carajás S11D, no Pará, e Carnalita, em Sergipe.
No S11D, o maior da história da Vale e também o maior da indústria de minério de ferro, o investimento em tecnologia ajudou a criar uma forma mais econômica de transportar o minério, eliminando os caminhões. Com isso, a empresa vai diminuir o uso de combustível e, é claro, produzir com o olhar na eficiência energética. A outra grande novidade é o beneficiamento do minério a umidade natural, que vai eliminar o uso da água no processo da mineração e reduzir o consumo de energia. Desenvolvida pela Vale em 2008, a técnica faz o peneiramento do minério de acordo com seu tamanho é inédita e não gera rejeitos que poluem o meio ambiente.
Já o projeto Carnalita, localizado em Sergipe, vai produzir potássio, um dos nutrientes do fertilizante. A mineração no local será realizada a partir da injeção de água quente em poços onde serão dissolvidos os sais. O projeto será autossuficiente quanto à geração de energia elétrica e utilizará água do mar, dispensando a capacitação de poços de água doce do lenço freático. Quando entrar em operação, será a maior planta de potássio do Brasil.
O próprio olhar sobre inovação está mudando. Cientistas, ambientalistas, empresas atuam cada vez mais em parceria. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês), que juntou três mil cientistas de todo o mundo para estudar o tema, é uma prova concreta de que muitas cabeças juntas podem criar maneiras positivas de produzir com menor impacto. O Instituto Tecnológico Vale (ITV) se baseia nisso para promover projetos de inovação aberta, já que as respostas aos desafios que vivemos hoje nem sempre estão dentro da própria empresa. Por meio do ITV e de suas áreas de inovação, a Vale firmou parcerias e investiu, entre 2009 e 2012, R$ 402 milhões em projetos de inovação aberta. Os investimentos contemplam 161 projetos e 821 bolsas de pesquisa no Brasil e no exterior. Do total investido, R$ 338 milhões foram recursos próprios e R$ 64 milhões, aplicados por parceiros externos, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs).
No Canadá, onde a Vale tem operações de níquel, o projeto Clean AER, previsto para ser concluído em 2016, vai reduzir em 85% as emissões de CO2 com a captura do dióxido de enxofre que será convertido em ácido sulfúrico e vendido como um produto para outras indústrias. Não é um projeto de mineração, mas uma iniciativa ambiental que vai custar cerca de US$ 1 bilhão. O compromisso com a qualidade de vida da cidade de Sudbury é ratificado até mesmo pelo governo local que confirma que o Clean AER vai além dos padrões exigidos pela legislação local.
“Vivemos na sociedade do conhecimento, mas este conhecimento está distribuído pelo mundo. As respostas aos nossos desafios nem sempre estão dentro de casa, podem estar fora da empresa. Por isso acreditamos e investimos na formação de redes de pesquisa para gerar gerar novas ideias e inovações que beneficiem a sociedade e a Vale”, explica o diretor-presidente do ITV, Luiz Mello.
http://g1.globo.com/especial-patrocinado/olhar-sustentavel/noticia/2013/07/inovacao-e-tecnologia-de-ponta.html
Em artigo publicado durante a Conferência Rio+20, o chairman do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), Marcos Bicudo, lembra que “este é um momento histórico para o planeta. É agora que devemos decidir se queremos fazer parte do remodelamento do futuro. Neste novo ambiente, as empresas só obterão sucesso se forem revolucionárias na maneira de inovar... e se souberem aplicar a inovação sustentável em sua plenitude e de forma simples e interdependente, como a natureza já o faz desde sempre”.
Mas, levando em conta um mundo mais sustentável, inovar como e visando a quê?
As duas perguntas são facilmente respondidas por empresários engajados com uma nova forma de gestão, que busca transformar riqueza natural em desenvolvimento, sem colocar em risco as gerações atuais e futuras. Para isso, investir é preciso. Tanto em equipamentos, quanto em treinamentos para enfrentar os desafios que se impõem hoje.
Exemplos dessa transformação em pequena escala não faltam. Há muito pouco tempo as garrafas pet, por exemplo, eram consideradas as grandes vilãs do meio ambiente. Hoje já se produz brincos feitos com esse resíduo. A mesma coisa com sementes que eram jogadas fora e agora enfeitam muitas casas, transformadas em porta-copos, jogo americano e outros utensílios. Pneus recuperados, alumínio das latas de cerveja e refrigerante viram brinquedos e enfeites.
Em grande escala, as empresas também já estão criando um mundo de possibilidades, com reúso, reciclagem e reaproveitamento. O primeiro desafio é deixar o mínimo possível de lixo na pós-produção e no pós-consumo. E aí, faz sentido a comparação de Bicudo com o sistema da natureza, no qual tudo é aproveitado. “Não existe lixo. Até mesmo a mais diminuta bactéria se alimenta de resíduos e recicla nutrientes para um novo ciclo de vida”, afirma.
Outro desafio, talvez maior, é não poluir e devolver à natureza a maior quantidade possível de recursos que precisamos utilizar.
Fazer negócio de maneira sustentável é a base para as atividades e os investimentos de empresas que têm essa nova visão. Aqui no Brasil, a Vale desenvolve dois projetos que empregam essa premissa: Ferro Carajás S11D, no Pará, e Carnalita, em Sergipe.
No S11D, o maior da história da Vale e também o maior da indústria de minério de ferro, o investimento em tecnologia ajudou a criar uma forma mais econômica de transportar o minério, eliminando os caminhões. Com isso, a empresa vai diminuir o uso de combustível e, é claro, produzir com o olhar na eficiência energética. A outra grande novidade é o beneficiamento do minério a umidade natural, que vai eliminar o uso da água no processo da mineração e reduzir o consumo de energia. Desenvolvida pela Vale em 2008, a técnica faz o peneiramento do minério de acordo com seu tamanho é inédita e não gera rejeitos que poluem o meio ambiente.
Já o projeto Carnalita, localizado em Sergipe, vai produzir potássio, um dos nutrientes do fertilizante. A mineração no local será realizada a partir da injeção de água quente em poços onde serão dissolvidos os sais. O projeto será autossuficiente quanto à geração de energia elétrica e utilizará água do mar, dispensando a capacitação de poços de água doce do lenço freático. Quando entrar em operação, será a maior planta de potássio do Brasil.
O próprio olhar sobre inovação está mudando. Cientistas, ambientalistas, empresas atuam cada vez mais em parceria. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC na sigla em inglês), que juntou três mil cientistas de todo o mundo para estudar o tema, é uma prova concreta de que muitas cabeças juntas podem criar maneiras positivas de produzir com menor impacto. O Instituto Tecnológico Vale (ITV) se baseia nisso para promover projetos de inovação aberta, já que as respostas aos desafios que vivemos hoje nem sempre estão dentro da própria empresa. Por meio do ITV e de suas áreas de inovação, a Vale firmou parcerias e investiu, entre 2009 e 2012, R$ 402 milhões em projetos de inovação aberta. Os investimentos contemplam 161 projetos e 821 bolsas de pesquisa no Brasil e no exterior. Do total investido, R$ 338 milhões foram recursos próprios e R$ 64 milhões, aplicados por parceiros externos, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs).
No Canadá, onde a Vale tem operações de níquel, o projeto Clean AER, previsto para ser concluído em 2016, vai reduzir em 85% as emissões de CO2 com a captura do dióxido de enxofre que será convertido em ácido sulfúrico e vendido como um produto para outras indústrias. Não é um projeto de mineração, mas uma iniciativa ambiental que vai custar cerca de US$ 1 bilhão. O compromisso com a qualidade de vida da cidade de Sudbury é ratificado até mesmo pelo governo local que confirma que o Clean AER vai além dos padrões exigidos pela legislação local.
“Vivemos na sociedade do conhecimento, mas este conhecimento está distribuído pelo mundo. As respostas aos nossos desafios nem sempre estão dentro de casa, podem estar fora da empresa. Por isso acreditamos e investimos na formação de redes de pesquisa para gerar gerar novas ideias e inovações que beneficiem a sociedade e a Vale”, explica o diretor-presidente do ITV, Luiz Mello.
http://g1.globo.com/especial-patrocinado/olhar-sustentavel/noticia/2013/07/inovacao-e-tecnologia-de-ponta.html
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