Fernando Augusto Almeida Neves

Pesquisar este blog

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

As novidades que o iPad 5 e iPad mini 2 podem trazer

 
Novos rumores dão conta de que Apple anunciará iPad 5 e iPad mini 2 no próximo dia 22. Confira os principais rumores sobre os dispositivos.

 

iPad 5 e iPad mini 2

São Paulo – As novas gerações do iPad e iPad mini devem ser anunciadas pela Apple no próximo dia 22 de outubro. Pelo menos é o que diz o mais recente rumor sobre os tablets da maçã, publicado nesta semana pelo blog de tecnologia do jornal Wall Street Journal, o AllThingsD.

Desde o início do ano, dezenas de informações não oficiais sobre os tablets circulam pela internet e sempre especulando quais seriam as novidades incorporadas pela maçã aos dois modelos. EXAME.com reuniu os boatos mais recorrentes nesta galeria de imagens.

 

iPad mini 2 com tela Retina

 

Em relação ao tablet de 7,9 polegadas, muito se especula se o iPad mini 2 virá com a famosa tela Retina. Analistas, contudo, divergem sobre o assunto, mas muitos defendem a ideia. De acordo com eles, a incorporação deste display seria uma tentativa da maçã de corrigir um dos pontos mais criticados do iPad mini: a qualidade das imagens oferecidas. Outro fator que reforça esta possibilidade é o fato de a Apple já usar a tela Retina em praticamente todos os seus produtos, do iPod touch ao MacBook de 15 polegadas. E há concorrentes de 7 polegadas que contam com tela full HD, como o Nexus 7, do Google.


 

iPad redesenhado

Outro rumor recorrente, mas desta vez sobre o iPad de 9,7 polegadas, é a possibilidade de a Apple ter modificado o design do dispositivo, deixando-o mais parecido com o iPad mini. Ao que tudo indica, a Apple teria optado por reduzir as bordas do aparelho, trabalhando em diminuir ainda a sua espessura e largura, mas sem comprometer o tamanho da tela. É quase certo que o iPad 5 será mais fino e mais leve que o modelo atual. Mas seria uma novidade caso fosse possível segurá-lo com apenas uma mão. 

Sensor biométrico

A Apple incorporou ao iPhone 5s o chamado Touch ID, sensor biométrico que aumenta a segurança no acesso ao smartphone. Pois há quem acredite que a tecnologia seja também incorporada aos novos tablets da Apple. 

A equipe do programa Unbox Therapy, especializado em noticiar “vazamentos” tech, comprovou que o tal sensor encaixa-se perfeitamente no painel frontal de um suposto iPad 5. Mas é claro que apenas isto não significa que a Apple tenha apostado nesta estratégia. Até porque, os modelos usados pelo programa não tiveram sua legitimidade confirmada. 

Leia mais em: http://exame.abril.com.br/tecnologia/iphone/noticias/ipad-5-e-ipad-mini-2-vem-ai-confira-o-se-espera-dos-tablets?utm_source=newsletter&utm_medium=e-mail&utm_campaign=news-diaria.html

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Feedback - pedra de toque da Gestão de Pessoas

Optamos por tratar de um tema que é de importância estratégica para a Gestão de Pessoas e para os resultados de qualquer negócio. A outra razão é porque o feedback é, também, uma das atividades mais complexas e difíceis da função de liderança.

Optamos por tratar de um tema que é de importância estratégica para a Gestão de Pessoas e para os resultados de qualquer negócio.
A outra razão é porque o feedback é, também, uma das atividades mais complexas e difíceis da função de liderança.

Vamos começar comentando sobre a origem da palavra feedback.
“Retroalimentação” é a sua tradução literal e foi utilizada, inicialmente, pela Nasa na época em que os foguetes não eram tripulados, e sim teleguiados.

Nessa situação os foguetes, já em sua trajetória para o alvo (a Lua, por exemplo), emitiam um sinal para a Nasa indicando seu posicionamento e sua direção. A Nasa interpretava esse sinal e, em feedback, devolvia o sinal redirecionando o foguete para atingir o alvo. Esta situação aplica-se exemplarmente para a questão da comunicação e da sua compreensão: “pede-se um sinal de quem recebeu a mensagem reorientando-o para não errar o alvo!”.

Feedback, portanto, é uma reorientação para garantir o alcance dos objetivos e para direcionar o desenvolvimento de nossos subordinados!

Pode parecer simples, mas enfrentar a situação de dar o retorno aos subordinados sobre sua performance, que inclui pontos positivos e pontos negativos, não é, nunca, uma situação tranquila.

O primeiro ponto a ser considerado é exatamente essa condição de que não é uma relação tranquila. A prática do feedback é uma rua de duas mãos, pois se de um lado o subordinado estará em posição difícil ao ter que ouvir sobre suas deficiências (não é muito comum gostar disso), do outro lado nós também estaremos recebendo feedback. E se não estivermos preparados para ouvir comentários não muito agradáveis, como esperar que o outro esteja?

Mas há um ponto que atenua esta questão: não há feedback negativo! Podem ocorrer relações de feedback mais difíceis, onde tratamos de questões mais delicadas, mas o objetivo é sempre positivo. 

Afinal, toda ação de feedback procura conduzir a ação para um redirecionamento objetivando o desenvolvimento do subordinado, da relação e dos próprios resultados organizacionais. 

E todos nós sabemos que: “pior do que ser avaliado negativamente é não saber o que está acontecendo”. 

No entanto, com toda a nobreza de objetivos é uma atividade complexa e, para tanto, é necessário preparar-se. 

Não existe uma regra para praticar-se feedback. 

Acredito firmemente que cada profissional deve adotar a forma que melhor se adapte ao seu estilo de conduta. Seguir roteiros podem constituir-se em uma “camisa de força” e restringir os melhores resultados. 

No entanto, para orientação, gosto de apresentar, em meu curso, um “check list” para a ação de Feedback:

Chamamos de sistema Laser, porque é constituído de cinco passos iniciando com as cinco letras da palavra. 

Os dois primeiros passos são de preparação e planejamento (para serem realizados antes da reunião de feedback) e o último passo é para garantir os resultados esperados (acompanhar a execução do plano).

1- Levantar dados e informações: municie-se de fatos! Nada melhor para esclarecer comportamentos que, geralmente, os nossos subordinados não percebem que praticam. Procure saber a opinião de outros profissionais da empresa sobre o subordinado. É importante que ele conheça a imagem que a empresa lhe tem;

2- Analise os dados, não se contente com os resultados sem análise e Agende e reserve um horário para a reunião de feedback (não atenda telefones ou outras pessoas). Dê foco e importância para esta situação. “Esse cuidado, às vezes, vale tanto quanto o próprio assunto em si!”;

3- Separe o enfoque emocional da reunião. É normal que aflore, por isso reforce o lado profissional e deixe claro o objetivo (de ambos). Faça-o perceber que você tem dados e que se preparou para a reunião. Se precisar, pergunte: “o que você queria com essa atitude?”. Questione as razões e poderá ter uma boa oportunidade de checar percepções. Aliás, o feedback é um jogo de percepções (auto e hetero percepção);

4- Estabeleçam alternativas e um Plano de Ação conjunto (isto é, de comum acordo) e não se esqueça do foco, esta é uma palavra mágica. Trabalhe com dados e prazos. E, principalmente, coloque tudo no papel. Releiam os compromissos e definam pontos de controle;

5- Resultados! Esse é o objetivo! Esta é uma relação de compromisso, portanto acompanhe. O alvo prioritário é o funcionário. A empresa virá como consequência dos resultados da ação. E você também ganhará muito com isso.

http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-negocios/feedback-pedra-de-toque-da-gestao-de-pessoas/73746/

O medo do risco e a fronteira da inovação

A inovação guiada pelo design pode ser uma importante fonte de lucro. Então por que motivo muitas empresas ignoram esta fonte inesgotável de vantagem competitiva?

O que acontece quando uma empresa lança um produto com um significado radicalmente novo e as pessoas se apaixonam por ele? Quatro aspectos conectam a inovação ao resultado financeiro de uma empresa: os lucros, os ativos, os investimentos e o valor das ações. A inovação guiada pelo design tem claras implicações em todos estes aspectos.

Em primeiro lugar, a inovação guiada pelo design pode ser uma importante fonte de lucro. Se realizada com sucesso, gera produtos de personalidade forte e marcante que se destacam nos grupos de produtos sempre parecidos dos concorrentes.

Frequentemente, tal inovação impulsiona o volume de vendas da empresa. Por exemplo, o Nintendo Wii chegou a ser o videogame mais bem‐sucedido de sua área, vendendo o dobro que o Xbox e quatro vezes mais que o Playstation 3. Assim como ele, o Swatch é o relógio com o maior número de unidades vendidas na história e o iPod tem 75% do mercado de tocadores de música portáteis.

A singularidade também produz maiores margens de lucro por unidade, mais do que aumenta o volume de vendas. As pessoas estão sempre dispostas a pagar um preço maior por produtos mais significativos. No entanto, isso não se aplica somente a produtos caros ou de luxo, afinal o relógio Swatch custa U$40! Nicolas Hayek estima que a diferença de preço seja de aproximadamente 10 por cento, o que significa que o produto poderia ser vendido por um preço ainda mais baixo e que a margem de lucro é impressionante. E, de fato, o grupo Swatch ocupa a posição número 232 no quesito receita, mas ocupa a posição número 22 no quesito margem de lucro da lista da revista Fortune 500 de 1994. O Wii foi o videogame mais barato lançado no mercado (cerca de metade do preço de seus concorrentes), mas o único que gerou lucro por unidade vendida.

Se um produto é significativo, não há necessidade de sobrecarregá‐lo com muitas funções. A margem de lucro é maior porque, quando as pessoas se apaixonam por um produto, elas se dispõem a pagar mais por ele do que seu valor puramente utilitário, independente se alto ou baixo. Além disso, o tempo de distribuição dos lucros de produtos bem‐sucedidos em função da inovação guiada pelo design é diferente: as vendas muitas vezes começam lentamente, pois as pessoas têm de redefinir a maneira como pensam a seu respeito para então se apegar ao significado novo e radical. Mas, em um dado momento, as vendas crescem e se mantêm por um longo período.

Ativos corporativos

Esse segundo aspecto da inovação guiada pelo design é, muitas vezes, o mais importante: ela gera um impacto sobre os ativos corporativos. Mais do que isso, ela contribui para o valor da marca. as empresas podem criar valor de marca de muitas maneiras ‐ por meio de propagandas, qualidade, satisfação do cliente e inovação tecnológica – mas, a criação de uma inovação radical de significado é a abordagem mais poderosa. Isso porque os significados e as linguagens dos produtos estão intimamente ligados à experiência dos consumidores e, assim, impactam diretamente a marca de uma empresa. Os significados são autênticos, não mentem e, diante de um produto único, as pessoas estão até dispostas a perdoar alguns pontos fracos na qualidade, premiando os traços de personalidade (como o barulho alto e o assento desconfortável de muitas motos Harley‐Davidson, por exemplo).

Outro exemplo seria o do lançamento de produtos que proporcionam aumento no valor da marca, como ocorreu com o videogame Wii que aumentou significativamente o valor de marca da Nintendo. O valor da marca da Swatch é tão alto que um relógio normalmente vendido por 100 francos suíços atingiu o valor de 68.200 francos suíços em um leilão. Esta conexão direta e sem intermediários entre a inovação guiada pelo design e a identidade de marca é fundamental, pois permite que o inovador colha os benefícios. Em outras palavras, os concorrentes podem imitar a função do produto e até mesmo seu formato, mas nunca serão capazes de imitar seu significado verdadeiro, pois este permanece indissoluvelmente ligado à marca.

Vejamos o caso da chaleira Kettle 9093, projetada pelo arquiteto norte americano Michael Graves para a Alessi em 1985. Em 1999, a varejista norte‐americana Target pediu a graves que desenhasse uma nova linha de produtos, incluindo uma imitação da Kettle 9093 da Alessi. O modelo 9093 continua sendo o campeão absoluto de vendas da Alessi, com 1.5 milhões de unidades vendidas, e seu preço é cinco vezes maior que a versão vendida pela Target. Considerando que tanto a original quanto a imitação foram desenhadas pela mesma pessoa, a diferença de preço é, sem dúvida, atribuída à marca Alessi, pois essa é a única coisa que a target não pode imitar. Quando se trata de significado, as pessoas dão muito valor à autenticidade de um produto.

Graças ao seu impacto sobre o valor da marca, a inovação radical de significados também traz prestígio a outros produtos da empresa, gerando lucros adicionais e de longo prazo. O valor do sistema Metamorfosi não pode ser medido somente pelo número de vendas, mas, acima de tudo, pelo fato de que reforça o valor da marca Artemide. Em 2006, o produto mais vendido pela Artemide foi a luminária Tolomeo, projetada em 1986, com um preço quatro ou cinco vezes maior do que o das imitações. Por que as pessoas estão dispostas a pagar esse preço por uma luminária Tolomeo cujo significado ainda é o de uma luminária bonita e contemporânea? Porque é uma luminária da Artemide. E como a Artemide criou uma marca tão valiosa? Não foi por meio de anúncios (a empresa tem um orçamento de publicidade mínimo), mas por meio de uma série de inovações guiadas pelo design, como a Metamorfosi, que permitiram que a empresa am‐ pliasse os limites do significado de luminárias e de luz na cultura moderna.

O mesmo vale para a Apple. O recente aumento da sua participação no mercado de notebooks e a busca frenética por iPhones nas lojas reflete, não apenas o mérito de tais produtos, mas o prestígio que o iPod deu à marca Apple.

A inovação guiada pelo design também valoriza os ativos da empresa de outras formas, a maioria originada pelas vantagens típicas do produto pioneiro. Por exemplo, uma empresa que seja a primeira a criar um novo significado pode definir as novas regras do jogo para que se encaixem melhor às suas habilidades mais fortes. Ao transformar o significado do relógio, que passou de instrumento para acessório de moda, a Swatch trouxe a concorrência para mais perto dos pontos fortes e tradicionais da indústria de relógios suíça. Essas qualidades incluem monitores analógicos em vez de digitais, uma arquitetura modular sofisticada (que requer o domínio da micromecânica), e o conhecimento das tendências da moda. Os concorrentes japoneses da Swatch tiveram que se adaptar às novas regras.

A inovação guiada pelo design também permite que uma empresa crie novos arquétipos de significados de produtos e linguagens. Estes arquétipos funcionam como padrões culturais que ditam o que as pessoas vão procurar ao comprar um produto da mesma categoria ou similar.

Com o projeto Family Follows Fiction, a Alessi criou um novo arquétipo de significados (produtos de utilidade doméstica que eram divertidos objetos transicionais) e um novo padrão de linguagem de produto (produtos de formas antropomórficas feitos de plástico translúcido colorido). Esses arquétipos impulsionaram as vendas de outros produtos da Alessi por várias razões: compatibilidade emocional: “Tenho carinho pelos produtos da Alessi. Por que mudar?”; compatibilidade simbólica: “Compro produtos da Alessi porque objetos coloridos e antropomórficos são valorizados no meu universo social”; e compatibilidade estética: “Vou comprar outro produto da Alessi, pois vai combinar com o que comprei na semana passada e os produtos de outras empresas não vão”. Em outras palavras, assim como com os padrões tecnológicos, os clientes vão achar difícil se afastar dos novos padrões de significados e linguagens, especialmente se têm uma assinatura forte, e vão continuar a ser atraídos por outros produtos da empresa inovadora.

No entanto, quando se trata de imitação, há uma enorme diferença entre os padrões tecnológicos e os arquétipos. os consumidores normalmente esperam que todas as empresas de um determinado segmento sigam um mesmo um padrão tecnológico e não há problema se os imitadores o copiarem. Mas, quando uma empresa estabelece novos padrões de significados e linguagens, a vida dos imitadores torna‐se muito mais difícil e, quanto mais usam a linguagem do inovador, mais conhecidos ficam por serem copiadores baratos. Para evitar que isso aconteça, os imitadores devem encontrar uma linguagem diferente, algo improvável após a descoberta de um novo arquétipo cultural. A vida da concorrência fica complicada depois da inovação radical de significados.

Outra contribuição da inovação guiada pelo design para os ativos de uma empresa está relacionada ao conhecimento. O primeiro a investir é também o primeiro a receber o feedback de como as pessoas interpretam o novo conceito. Em outras palavras, a empresa é a primeira a aprender com seu investimento e esse conhecimento trará melhores resultados na próxima série de inovações incrementais.

Investimentos

A terceira variável e possível vantagem a se considerar, é o investimento. A inovação guiada pelo design é cara? Nenhuma resposta se aplica a todos os casos, é claro, mas há duas considerações a fazer. Por um lado, muitos dos exemplos deste livro estão relacionados a pequenas e médias empresas com recursos limitados (incluindo a Alessi, a Artemide, a Kartell, a Flos e a B&B Italia). Muitas não têm sequer um departamento de design. No entanto, são líderes em inovação em sua área. Como poderá ser visto nos próximos capítulos, seus processos únicos de inovação lhes permitem aproveitar a rede externa dos intérpretes chave a um custo baixo. Essa é uma boa notícia, especialmente para as grandes empresas que têm uma rede externa mais ampla de colaboradores (conexões que permanecem inexploradas, a menos que sejam ativadas por meio de um processo de inovação guiado pelo design).

Por outro lado, a inovação guiada pelo design requer um esforço incansável e contínuo de desenvolvimento dessa rede: um investimento acumulado nas relações. Cada evento é pequeno, mas o impacto cumulativo ao longo dos anos é significativo, sendo essa uma das razões principais da dificuldade encontrada pelos concorrentes em imitar um processo.

Lucros maiores, maior valor de ativos e investimentos limitados na criação e manutenção de uma rede externa de intérpretes chave geram um crescimento significativo no valor das ações de uma empresa inovadora e na sua capitalização de mercado. estes resultados podem ser surpreendentes: basta observar a valorização de 165% ocorrida no preço das ações da Nintendo no ano seguinte ao lançamento do Wii (e uma capitalização de mercado que superou a da gigante Sony) e a explosão do preço das ações da Apple que passaram de Us$ 10 para quase Us$ 200 em menos de quatro anos.

Os desafios da inovação guiada pelo design

Embora os benefícios da inovação guiada pelo design sejam significativos, muitas empresas ignoram esta fonte inesgotável de vantagem competitiva e, simplesmente, esperam que um concorrente introduza o próximo significado relevante no mercado. Assim como acontece com os avanços tecnológicos, o inovador muitas vezes vem de outro segmento, interrompendo a liderança de empresas já estabelecidas.

Na última década, os números relativos a gastos com móveis e acessórios domésticos mostram que as pessoas gastaram a maior parte de seu orçamento em cozinhas, banheiros e sala de estar, nessa ordem. Antes uma área funcional oculta e esquecida da casa, os banheiros tornaram‐se surpreendentemente importantes. as pessoas compram as torneiras mais modernas, armários minimalistas, chuveiros de alto desempenho e banheiras que são quase piscinas, feitas de materiais caros a similares a um verdadeiro spa. Os banheiros deixaram de ser simplesmente funcionais para se tornarem verdadeiros recintos de bem estar.

Os responsáveis por essa mudança radical no significado não foram os líderes do mercado, como a American Atandard, que manteve a venda de produtos tradicionais com pequenos ajustes de estilo, mas novos participantes, como a Boffi, fabricante italiana, antes mais voltada para móveis de cozinha, que lançou um nova gama de produtos confortáveis e luxuosos para banheiros. A American standard acabou saindo de cena em 2007 e vendeu seu setor de banheiros e cozinhas.

Essa história não é nova. As empresas da área de tecnologia observaram como a Apple redefiniu o significado de ouvir e comprar música como forma de comunicação pessoal. A fabricante de calças Levis Strauss viu seu mercado tomado por uma empresa iniciante chamada Diesel, que entendeu que o significado de jeans poderia ser maior do que o de um uniforme (ícone de identificação com os trabalhadores da década de 1970) e o transformou em um símbolo de liberdade e de não conformidade. Mesmo a indústria relojoeira suíça teve de esperar por um estranho (Nicolas Hayek, ex‐consultor de engenharia) para descobrir que um relógio poderia ter um significado radicalmente novo.

Por que empresas líderes de mercado muitas vezes não conseguem aproveitar as oportunidades oferecidas pela inovação guiada pelo design? Há muitas razões. a maioria pode ser encontrada nas típicas barreiras para a inovação (falta de visão, o medo da mudança, a falta de competências, a síndrome do “não foi inventado aqui”). No entanto, o livro Design-Driven Innovation  concentra‐se em dois desafios particulares da inovação guiada pelo design: estratégia e processo.

A crença de que significados não mudam

Para começar, muitas empresas não fazem as perguntas certas: “Qual a razão que leva as pessoas a comprarem o nosso produto? Esse significado se manterá ao longo dos próximos anos? Como podemos deixar as pessoas mais satisfeitas fornecendo produtos com novos significados”? Em outras palavras, as empresas não enxergam a inovação guiada pelo design como parte da estratégia de inovação por uma série de razões.

A mais comum é que elas acreditam que os significados não estimulam a concorrência em sua área, pois acham que o design é interessante apenas nos mercados mais maduros de produtos de luxo. Espero que, após a leitura destes poucos capítulos, você não tenha dúvidas sobre o papel crucial da inovação guiada pelo design em qualquer segmento da indústria e do mercado, especialmente quando ligada a tecnologias inovadoras.
Algumas empresas percebem a importância dos significados, mas em uma perspectiva limitada: acham que os significados são simplesmente um dado do mercado e que não podem ser inovados, apenas compreendidos. estas empresas, portanto, consideram significados apenas como parte de uma estratégia puxada pelo mercado, e não como objeto de inovação radical.

O medo do risco e a fronteira da inovação

As empresas frequentemente têm medo até de fazer as perguntas chave. A inovação guiada pelo design é radical e, como qualquer inovação radical, é tão complexa e arriscada quanto gratificante. Às vezes, uma inovação radical é até mais arriscada do que avanços tecnológicos (apesar de mais barata). A transformação de um saca-rolha, que passou de simples ferramenta a objeto de afeto, feita pela Alessi antes de qualquer concorrente, foi tão desafiadora quanto a mudança da tecnologia analógica para a digital nas telecomunicações. Há a necessidade de pesquisa básica de modelos socioculturais, e seus resultados são incertos. Além do mais, o processo não se inicia com dados sobre o que as pessoas querem agora, mas a partir da pesquisa sobre o que as pessoas podem querer e ainda não sabem.

Os números obtidos pelo departamento de marketing (normalmente responsabilizados quando algo não dá certo: “Os consumidores pediram isso!”) formam a típica barreira de proteção contra a inovação: nunca estão disponíveis. O mesmo ocorre com o feedback dos focus groups e com os dados iniciais sobre as vendas (que muitas vezes começam mais devagar do que as de produtos incrementais e só decolam mais tarde). Os gestores se sentem desconfortáveis nessas situações que exigem confiança em seus insights e na visão construída por meio de processo específico. eles têm medo do risco. Mas, se não aceitarem o desafio, sempre haverá outros que, por razões variadas, como a necessidade de se recuperar de uma fraca posição competitiva (caso da Nintendo), ou por enxergam uma oportunidade de entrar em um novo mercado (caso da Apple), tentarão e serão bem‐sucedidos.

A explicação de Alberto Alessi sobre a percepção da sua empresa em relação ao risco, em especial a parte sobre a fronteira de inovação é inspiradora:
“Buscamos trabalhar de forma espontânea, em uma terra habitada por desejos, anseios de pessoas, mesmo que ainda desconhecidos... e isto, como sabemos, é uma zona de alta, altíssima turbulência... Andamos em ruas que ainda não foram abertas, em caminhos desconhecidos para chegar ao coração das pessoas... Flertamos com a fronteira enigmática entre o que pode se tornar real (objetos realmente queridos e que as pessoas podem ter) e o que nunca se tornará real (objetos muito distantes da realidade das pessoas). Esta questão de fronteira é difícil, arriscada e pede conscientização e compromisso de cada um de nós, em todos os papéis. Nossa missão é ficar o mais próximo possível da fronteira, embora saibamos que ela não é clara e que há risco se formos além dela... mas, é emocionante quando, com um novo projeto, nos aproximamos dela. Os fabricantes de produtos populares se mantêm o mais distante possível da fronteira porque querem evitar qualquer risco... mas, desta maneira, acabam produzindo os mesmos carros e as mesmas TVs”12.

A Alessi sabe que, apesar do sucesso de seus novos produtos, sua postura foi sempre muito conservadora e a empresa se manteve longe da fronteira. Isso não é bom, pois abre espaço para a concorrência. assim, a empresa busca, periodicamente, projetos mais radicais. e mesmo quando esses esforços aparentemente não funcionam (com produtos muito além da fronteira), entendem que o fracasso é o momento revelador permitindo que se enxergue onde está a fronteira e qual a melhor posição para que se consiga um grande avanço no próximo projeto, antes e de maneira mais eficiente que seus concorrentes.

Quando não se tem as competências necessárias

A segunda razão que leva empresas já estabelecidas a evitar a inovação guiada pelo design é simplesmente porque não sabem como conduzi‐la. Os processos e competências são moldados para a inovação incremental. A maioria das empresas sabe entender as necessidades do consumidor, fazem análises etnográficas e organizam sessões de brainstorming. Quando não fazem isso, contratam um consultor de design. Mas, não sabem por onde começar e não têm as competências da inovação radical de significados, o que as obriga a dar um passo para trás em relação às necessidades atuais dos consumidores.

Um desafio significativo é representado pelo fato de a inovação guiada pelo design estar baseada na interação com uma rede de intérpretes. Graças à pesquisa e ao conhecimento, estes intérpretes fornecem insights sobre como as pessoas podem dar novos significados às coisas. Muitas empresas, no entanto, não têm nenhuma relação com os intérpretes e estão fora da dinâmica na qual a sociedade investiga e cria novos significados. outras empresas possuem tais relações, mas não as valorizam. elas interagem com os fabricantes de componentes, por exemplo, simplesmente como fornecedores de tecnologia e não como possíveis intérpretes de novos significados.

A obsolescência da rede de relacionamentos

Por outro lado, uma empresa pode ter um bom relacionamento com uma rede de intérpretes, mas esta rede é obsoleta e se concentra em traduzir últimos modelos socioculturais, em vez de antecipar mudanças. em outras palavras, como nos mostra Clayton Christensen, as empresas falham ao lidar com as inovações tecnológicas disruptivas. Muitas empresas têm relações próximas com uma valiosa rede de outros agentes que acabam por trancá‐los em interpretações antiquadas, em vez de ajudá‐los a entender e a moldar os futuros avanços de significados.

Considere, por exemplo, a Bang & Olufsen. A empresa dinamarquesa tem sido uma inovadora radical de significados em produtos de áudio e vídeo, bem como uma grande intérprete do estilo da vida em apartamentos, por várias décadas. Mas, o advento de tecnologias de mídia digital afetou sua capacidade de inovação. A forma como as pessoas ouvem música e assistem a shows está mudando e vai mudar ainda mais radicalmente daqui pra frente. O desafio, no entanto, não é tecnológico. A Bang & Olufsen conquistou tecnologia em equipamentos eletrônicos no passado sem comprometer sua capacidade de inovação e pode, no futuro, fazer uso da tecnologia digital.

O desafio agora vem de uma transição no estilo de vida. Os aparelhos de som e tv não são mais a lareira da casa moderna (a metáfora perfeita para os produtos Bang & Olufsen). As pessoas não se sentam em suas salas para ouvir música ou assistir tv. Hoje elas fazem isso na cozinha, no banheiro, no carro, no escritório e na rua. Para fazer novas propostas, a Bang & Olufsen deve reconfigurar sua rede de valores e encontrar os novos intérpretes chave que possam ajudá‐la a compreender como as novas mídias podem tornar as pessoas mais felizes.

Os desafios da inovação guiada pelo design envolvem riscos, processos e competências. Estes são desafios complexos . A inovação radical nunca é fácil, mas sempre acontece e vai acontecer novamente em breve, como esta análise demonstrou. as empresas que perceberem isso vão se beneficiar.

(*) Roberto Verganti é  diretor da Escola Politécnica de Milão e autor do livro Design-Driven Innovation cuja segunda edição em português será lançada esta semana no Brasil, pela Editora Canal Certo. Além disso, já foi tema de matéria em importantes publicações internacionais como The Wall Street Journal, The New York Times, Harvard Business Review, San Francisco Review of Books, www.Core77.com, Corriere della Sera, Il Sole 24 Ore, La Repubblica, Il Giornale. Prof. Verganti é, atualmente, uma das principais referencias globais em Gestão da Inovação e Design.

O texto acima é reprodução autorizada de parte do Capítulo 5 - "O Valor e os desafios- Por que as empresas investem ou não na inovação guiada pelo design"

http://cio.uol.com.br/gestao/2013/10/21/o-medo-do-risco-e-a-fronteira-da-inovac327a303o/

domingo, 20 de outubro de 2013

Cenários e inovação

A proporção de aceitação de uma inovação é delimitada pela condição como as particularidades dessa inovação são entendidas pelo conjunto de pessoas relacionadas.

Para articulação de planejamentos, a posição essencial da inteligência competitiva é a produção de realidades (cenários) existentes e referentes à empresa.

O conjunto de processos de cenários precisa ser considerado como agentes indispensáveis para impulsionar planejamentos, em particular, o estratégico (inovação).

Os cenários não são suposições. Elaborados dentre formas de previsões revezadas sobre destinos, concede as organizações se projetar para os acontecimentos de cada uma dessas previsões e ensinam os gerentes a meditar os planejamentos de longo prazo.

Toda gestão necessita de planejamento metódico, um planejamento metódico auxilia na distribuição de soluções em uma empresa fundamentada nos conhecimentos e falhas existentes, as supostas transformações no cenário do ambiente. Esta explicação pressupõe que tal empresa precisa ser uma organização de propósitos especializados e inovativos com soluções privadas, interagindo com o seu ambiente para conservar-se viável em espaços de tempo. Diante as infinitas mudanças do mundo globalizado as empresas deveras vivenciar renovação (inovação).

Entende-se, por empresa inovativa, aquela que concilia um conjunto de regras e técnicas dirigidas à consecução de planejamentos organizativos como ponto de inovação e que compreende as atividades de gerenciamento em cada esfera da empresa e não exclusivamente as relacionadas à esfera de pesquisa e desenvolvimento, conseguindo mostrar inovações em processo, produto, serviço, marketing, administração e aquelas aplicadas ao crescimento da sociedade.
A proporção de aceitação de uma inovação é delimitada pela condição como as particularidades dessa inovação são entendidas pelo conjunto de pessoas relacionadas. A ausência em comunicar-se com os participantes de um processo auxilia um ambiente de inquietação e dúvidas dentro da empresa, fomentando o aparecimento de direções distintas das planejadas pelos gestores da mudança.

Empresas necessitam transformações sustentáveis, mas a transformação somente é notada como prática numa empresa quando existe a integralização, problemas iniciais não voltam e o progresso tem direções ininterruptas.
Não apenas pessoas, conjunto delas e de organizações são carentes; para assegurar que ocorram modificações (inovação) a atenderem essas carências, um grande ambiente deve ser formado, no momento em que esse ambiente nascer com ele aparecerá diversas maneiras (cenários) de sobrevivência.

A primazia de um negócio acontecerá quando da existência de parceiros (diretos e indiretos) merecedores de crédito íntimos para participar de falhas e interrupções com idéias e aptidão para se adequar as situações sujeitas a mudanças vindas do cenário mercadológico e suas inovações. Pensem nisso. (www.juniorfaj.com).

http://www.administradores.com.br/artigos/academico/cenarios-e-inovacao/73692/

Evento gratuito de tecnologia discute mídias sociais em Rio Preto

Nesta segunda-feira (21), será realizada em São José do Rio Preto (SP), a terceira edição do Social Web Day. Quem participa do evento é o palestrante Israel Degasperi, com o tema “Gestão de Crise nas Mídias Sociais”.  A atividade tem início às 19h30 e será realizada na Praça 3 de Eventos do Rio Preto Shopping. As inscrições podem ser efetuadas pelo site do evento. São disponibilizadas 200 vagas.

Voltada para empresários, executivos, profissionais de marketing, publicidade, além de pessoas interessadas pelo tema, a palestra irá discutir um tema que gera muitas dúvidas.  Qual a postura que as empresas devem tomar diante de uma exposição negativa da marca? Após a palestra, haverá um coquetel intitulado “nerds on beer”, com o intuito de favorecer o networking entre os participantes e o palestrante.

O palestrante Israel Degásperi é publicitário e pós-graduado em novas mídias. Atualmente, trabalha como analista de marketing digital, além de ministrar palestras e cursos de mídias sociais em diversos estados brasileiros.

http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2013/10/evento-gratuito-de-tecnologia-discute-midias-sociais-em-rio-preto.html

sábado, 19 de outubro de 2013

Microsoft abre centro de inovação em Curitiba

Unidade vai funcionar no Instituto de Tecnologia do Paraná e contará com a participação de sete universidades do estado.

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), em parceria com a Microsoft, lança o Centro de Inovação da Microsoft em seu campus da cidade Industrial de Curitiba.

A cerimônia de instalação ocorreu nesta sexta-feira (18/10), concretizando as ações decorrentes da assinatura de protocolo de intenções por parte do governador Beto Richa com a Microsoft Brasil para a utilização pelo estado de soluções tecnológicas para capacitação de pessoas em tecnologia da informação (TI) e uso de plataformas de aprendizagem virtual.

O Tecpar atua na área de desenvolvimento de tecnologias na área da saúde e histórico de sucesso na incubação de empresas. A parceria do governo do estado com a Microsoft facilitará ações que complementam pesquisas e processos de capacitação.

O lançamento do Microsoft Innovation Center (MIC) faz parte de uma iniciativa global da Microsoft em promover o uso de tecnologia em prol da sociedade em que está inserida, contribuindo para o desenvolvimento de pessoas e suas habilidades, especialmente pensando nos jovens. Júlio Felix, diretor-presidente do Tecpar, revela uma característica diferenciada do MIC a ser instalado em Curitiba.

De acordo com Paulo Iudicibus, diretor de Inovação da Microsoft Brasil, objetivo da iniciativa é incentivar o uso da tecnologia de ponta, oferecer capacitação profissional e fomentar a indústria local de software, de forma que a tecnologia seja um motor para gerar inovações. “Os MICs existem há mais de 12 anos no Brasil e já possibilitaram o treinamento de mais de 206 mil jovens”, explica.

Pela parceria firmada com a Microsoft ficam disponíveis opções de programas e softwares que poderão ser implantadas pelo governo nas áreas de educação, qualificação, inovação e empreendedorismo. Entre eles estão capacitação básica em tecnologia da informação e design, comunicação instantânea entre alunos e professores, softwares para projetos de alfabetização em informática e desenvolvimento de empresas iniciantes.

http://computerworld.uol.com.br/negocios/2013/10/18/microsoft-abre-centro-de-inovacao-em-curitiba/

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia começa em Campos, RJ

Hortência teve grande passagem pelo basquete brasileiro. (Foto: Arquivo / Ag. O Globo)
O evento é sediado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense.
A ex-jogadora Hortência é uma das presenças mais esperadas pelo público.
Começa nesta segunda-feira (21) a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), em Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado. No evento haverá a realização da V Mostra de Extensão IFF-UENF-UFF e a XIII Mostra de Pós-Graduação da UENF.
A abertura está marcada para começar às 15h, no anfiteatro do Centro de Convenções Oscar Niemeyer. Em seguida, haverá apresentação do Coral da UENF e palestra com o professor Luiz Guilherme Grossi Porto, da Universidade de Brasília (UnB), sobre a “Atividade física e saúde pública”.
A atração mais esperada na Semana de C&T é a palestra “Lições de uma vida”, com a ex-jogadora de basquete Hortência Marcari, que será realizada na quarta-feira, (23), às 19h, no Centro de Convenções. De acordo com a assessoria de imprensa da UENF, Hortência deverá abordar a partir de sua própria experiência, de que forma acredita ser possível alcançar o sucesso profissional.
Este ano, a Semana Nacional de C&T tem como tema geral “Ciência, saúde e esporte” e vai mobilizar 717 instituições em 523 cidades do país. No Estado do Rio, participam da Semana Nacional de C&T um 159 instituições, em 32 cidades.
Na UENF, a programação inclui palestras, mesas-redondas, minicursos, apresentações orais e de banners e visitas de estudantes ao campus. Os interessados poderão conferir toda a programação no site da Universidade.

10 frases famosas com previsões absurdamente erradas sobre a tecnologia

Tentar fazer qualquer tipo de previsão sobre o futuro é uma atividade arriscada e sujeita a erros. Em um mundo que muda a todo momento, a uma velocidade surpreendente, com quebras subsequentes de paradigmas, com a subversão e a substituição de técnicas e tecnologias, qualquer palpite sobre o amanhã não será mais do que mera especulação.

Não é a toa que muita gente famosa já tentou predizer o que aconteceria com a sociedade diante de uma novidade disruptiva e, por azar do destino, se viu completamente contrariada pelos fatos objetivos. De Bill Gates a executivos da IBM que não acreditam na viabilidade comercial do computador, o setor da tecnologia é especialmente cheio de previsões erradas.
Em parte, essas afirmações apressadas e equivocadas aparecem quando a possibilidade de enxergar a aplicação prática de um produto é limitada ou até mesmo impossível para o contexto da época. Em outros casos, o erro está na resistência de aceitar uma novidade ou menosprezar seu alcance e sucesso. E há situações também em que os indícios apontavam um caminho, mas o trajeto escolhido foi – inexplicavelmente – outro.

É interessante notar esses casos hoje, com previsões há muito tempo ultrapassadas pela realidade, e perceber como a análise de qualquer tendência sobre o mercado atual pode recorrer a esses mesmos furos.

Com a chegada de novos dispositivos que prometem revolucionar a maneira como lidamos com o dia a dia, como os óculos e relógios inteligentes, entre outros computadores de vestir, podemos buscar as referências históricas que nos mostram que, quando se trata de tecnologia, não é possível desvendar o futuro, nem tentar palpitar sobre a aceitação de um produto.

Confira abaixo algumas das previsões erradas mais conhecidas do setor de tecnologia.

Computadores

10 frases famosas com previsões absurdamente erradas sobre a tecnologia 
(Fonte da imagem: Reprodução/Crowl)

“Não há nenhuma razão para alguém querer um computador em casa” (Ken Olson, presidente e fundador da Digital Equipment Corp. em 1977)


É impensável hoje uma residência sem um; mesmo que não seja um PC ou um desktop tradicional, o computador está nas casas na forma de notebooks, tablets e smartphones – e até as próprias residências começam a ganhar sistemas inteligentes, interligados e conectados com a internet e com os sistemas computacionais. Olson viu sua previsão furada o assombrar até o final da vida.

“Eu acredito que há mercado para talvez cinco computadores” (Thomas Watson, presidente da IBM em 1943)


É preciso defender Watson sobre essa afirmação: quando disse isso, o então presidente da IBM lidava com computadores gigantescos, que chegavam a ocupar o espaço de uma casa inteira. Ele não tinha como saber que o sistema chegaria a um formato tão compacto e com tantas funcionalidades como temos hoje.

Telefones

10 frases famosas com previsões absurdamente erradas sobre a tecnologia
(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

“Os americanos precisam do telefone, nós não. Nós temos muitos garotos mensageiros” (Sir William Preece, chefe da agência britânica de correios em 1876)


Essa é quase uma anedota do século retrasado; como alguém pôde pensar que o telefone não seria uma forma mais rápida de comunicação? Nesse caso, podemos pensar que Sir William Preece estava querendo defender seu posto de trabalho e o emprego dos seus mensageiros. Mas, no fundo, quem não gosta de um pouco da arrogância britânica em relação aos Estados Unidos?

“US$ 500? Todo subsidiado? Com um plano? Eu digo que este é o telefone mais caro do mundo. E ele nem é atraente para o trabalho porque ele não tem um teclado, o que faz dele uma máquina de email não muito boa” (Steve Ballmer, presidente executivo da Microsoft no lançamento do iPhone, em 2007)


Ballmer devia estar olhando o aparelho da rival com uma certa dose de inveja e desejando muito que o lançamento não caísse no gosto dos consumidores, ou será que ele acreditava mesmo na bobagem que estava falando? Seja como for, a justificativa do presidente-executivo da Microsoft parece mesmo uma piada. O iPhone não apenas se tornou um dos principais produtos da Apple como também revolucionou o segmento de telefonia, abrindo caminho para a linha de smartphones.

Televisão

10 frases famosas com previsões absurdamente erradas sobre a tecnologia 
(Fonte da imagem: Reprodução/Daily Mail)

“A televisão não vai conseguir se segurar no mercado por mais de seis meses. As pessoas logo vão se cansar de olhar para uma caixa de madeira todas as noites” (Darryl Francis Zanuck, produtor de cinema e um dos fundadores do estúdio 20th Century Fox, em 1946)


A verdade é que Zanuck estava preocupado com o futuro da indústria cinematográfica e de como a televisão poderia roubar o público das salas de cinema. De fato, a invenção do televisor teve um impacto sobre o modelo comercial hollywoodiano, mas o que vemos hoje é que as duas mídias coexistem e se influenciam mutuamente, tanto em linguagem quanto em formato – e as caixas televisivas deixaram de ter o acabamento de madeira para se assemelharem cada vez mais ao tamanho e ao aspecto das telas de cinema.

Comunicação via satélite

10 frases famosas com previsões absurdamente erradas sobre a tecnologia 
(Fonte da imagem: Reprodução/Diario21)

“Não há praticamente nenhuma chance de satélites espaciais de comunicação serem utilizados para melhorar os serviços de telefonia, telégrafo, rádio e televisão dentro dos Estados Unidos” (Tunis Augustus Macdonough Craven, representante da Comissão Federal de Comunicação dos EUA, em 1961)


Aqui vale a regra do nunca diga nunca. Pouco tempo depois dessa afirmação, Craven viu os Estados Unidos colocarem o primeiro satélite com fins comerciais no espaço, em 1965. E, hoje, não viveríamos – tão conectados! – sem eles.

Internet

10 frases famosas com previsões absurdamente erradas sobre a tecnologia 
(Fonte da imagem: Reprodução/Slide Share)

“Em dois anos, o problema do spam estará resolvido” (Bill Gates, fundador da Microsoft, em 2004)


Essa é o tipo de previsão que gostaríamos muito que tivesse de fato se tornado realidade. Infelizmente, os spams continuam por aí e correspondem a uma grande parcela de todas as mensagens enviadas por email em todo mundo. E não apenas isso, pois essas pragas aparecem agora também na forma de mensagens nos smartphones e em comunicadores instantâneos. Nunca mais nos engane assim, Bill Gates.

“Eu prevejo que a internet vai crescer como uma supernova e então, em 1996, sofrer um colapso catastrófico” (Robert Metcalfe, fundador da 3Com, em 1995)


O melhor sobre essa previsão não é o fato de Metcalfe ter errado feio, mas é ele ter prometido durante a entrevista para a revista InfoWorld que comeria suas palavras caso isso não acontecesse. Dito e feito! Dois anos depois, em 1997, durante a Conferência Internacional da World Wide Web, Metcalfe pegou uma cópia do texto com seu discurso e, na frente da plateia, colocou o papel no liquidificador, bateu com um pouco de líquido e ingeriu o conteúdo. Esse sim é um homem de palavra, não?!

Sistema operacional

10 frases famosas com previsões absurdamente erradas sobre a tecnologia
 (Fonte da imagem: Reprodução/Our-picks)

“Nós nunca vamos desenvolver um sistema operacional de 32 bits” (Bill Gates, em 1989)


E aí está Bill Gates nos enganando novamente. Na época, a Microsoft havia acabado de fazer a transição para os sistemas operacionais de 16 bits, e Gates não acreditava que mais uma mudança vinha pela frente. Em 1998, a empresa lançou o Windows 98 com sistema híbrido de 16 e 32 bits. Hoje, a Microsoft trabalha com sistemas operacionais de 64 bits. A pergunta que fica é: será que nesse caso gostaríamos que Gates também tivesse acertado sua previsão e descontinuado o Windows?

Apple

10 frases famosas com previsões absurdamente erradas sobre a tecnologia 
(Fonte da imagem: Reprodução/Apple)

“A Apple já está morta” (Nathan Myhrvold, então diretor de tecnologia da Microsoft, em 1997)


Esse era mais um funcionário da Microsoft que desejava o fim da empresa rival. A verdade é que, na época em que Myhrvold soltou essa afirmação, a Apple estava mesmo muito mal e todos da indústria davam como certa a falência da companhia de Jobs. A revista TIME, um ano antes, chegou a dizer que “a Apple é uma bagunça caótica, sem visão estratégica e certamente não tem futuro”.

A volta de Jobs ao comando da empresa, em 1997, mudou tudo. A Apple revolucionou o setor tecnológico com alguns dos produtos mais importantes da atualidade, como o iPhone, o iPad e o iPod, e neste ano foi eleita a marca mais valiosa do mundo, superando a Coca-Cola, no Best Global Brands. Nada mal para uma empresa defunta, não?

Fonte: ListVerse

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Google compensa queda do preço da publicidade com volume e aumenta lucros

O preço médio que os anunciantes pagam à empresa caiu 8% no terceiro trimestre.

Os resultados foram melhores do que os previstos pelos analistas 

O Google comunicou nesta quinta-feira 14,89 mil milhões de dólares (aproximadamente 11 mil milhões de euros) de receitas no terceiro trimestre deste ano, um aumento de 12% face ao mesmo trimestre do ano passado. Os lucros subiram 36%, para 2970 milhões de dólares.

Os resultados foram conseguidos mesmo quando o preço dos anúncios online (que são a principal fonte de receita da empresa) está em queda e quando os utilizadores estão a passar mais tempo em aparelhos como smartphones etables, onde a publicidade é ainda mais barata do que a vendida para os utilizadores de computadores.

Uma das razões é o facto de, em alguns casos, ser mais complicado fazer uma compra num aparelho móvel do que num computador –  o preço de um anúncio que tenta conduzir a uma compra é, por isso, mais barato naqueles aparelhos.

O custo por clique médio num anúncio (o preço que os anunciantes pagam ao Google) caiu 8% no trimestre, de acordo com a informação da empresa. Mas o Google conseguiu compensar com volume, ao obter uma subida de 26% nos cliques pagos, quando comparado com o terceiro trimestre de 2012.

Os resultados foram melhores do que os previstos pelos analistas do mercado.

Apple irá reduzir encomendas do novo iPhone 5C, diz fonte

A Apple disse a fornecedores de componentes do novo iPhone 5C que irá reduzir os pedidos do modelo para os últimos três meses de 2013, afirmou à Reuters nesta quarta-feira (16) uma fonte próxima da cadeia de suprimentos da companhia.

Nos Estados Unidos, as vendas do iPhone 5S, que possui leitor de digital embutido, foram mais de duas vezes maiores que as do iPhone 5C, modelo tido como mais popular, segundo um levantamento do Consumer Inteligence Research Partners (Cirp).

A Pegastron, uma das importantes fornecedoras do novo modelo da Apple, teve os pedidos do 5C reduzidos em cerca de 20%, disse a fonte. Já a Hon Hai Precision Industry, outra parceira da Apple, viu seus pedidos para o mesmo período serem reduzidos em um terço, segundo o Wall Street Journal.
A Pegatron e a Hon Hai não quiseram comentar o caso, enquanto representantes da Apple não puderam ser imediatamente contatados.

Vendas

Durante setembro, mês de lançamento dos dois smartphones, 64% das vendas totais de aparelhos foram de iPhones 5S, enquanto 27% das unidades comercializadas eram iPhones 5C. O restante, de 9%, eram iPhones 4S. A Cirp não revela os volumes comercializados de cada modelo, apenas as fatias referentes a cada um.

Segundo dados da firma de análise, individualmente, o iPhone 5S foi menos dominante percentualmente de que o antigo celular top de linha, o iPhone 5. Em outubro de 2010, quando foi lançado, o iPhone 5 correspondi aa 68% das vendas.

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2013/10/apple-cortara-encomendas-do-iphone-5c-no-4o-tri-diz-fonte.html