Repasse de custeio deve subir de R$ 744 milhões para R$ 884,2 milhões.
Ministério da Saúde prevê publicar portaria nesta sexta-feira (19).
O
Ministério da Saúde vai aumentar em 19% o valor da verba para custeio
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), elevando o repasse
anual para estados e municípios dos atuais R$ 744 milhões para R$ 884,2
milhões. A medida está prevista para ser publicada em uma portaria no
Diário Oficial da União, na sexta-feira (19), aponta a pasta.
A verba será destinada à capacitação de profissionais e equipes,
manutenção de ambulâncias e melhorias de equipamentos, de acordo com o
ministério. Até junho deste ano, R$ 178 milhões foram investidos na
manutenção do Samu.
Unidades avançadas do
Samu, que incluem ambulâncias com equipamento especializado e equipe
com médico, enfermeiro e motorista treinado, terão aumento no repasse de
40% - os recursos devem subir de R$ 27,5 mil ao mês para R$ 38,5 mil,
no caso de cada unidade habilitada.
Já as
unidades de atendimento básico, que levam um técnico de enfermagem e um
motorista e cuidam de casos de menor gravidade, vão receber R$ 13,1 mil
por mês para custeio. Isso significa um acréscimo de 5% em relação ao
repasse atual de R$ 12,5 mil, diz o ministério.
Equipes qualificadas do Samu - que atenderam certos requisitos exigidos
pelo governo federal para comprovação da melhoria de serviços - também
vão ter elevação nos recursos. No caso das unidades de atendimento
avançado qualificadas, a verba vai subir de R$ 45,9 mil mensais para R$
48,2 mil, um aumento de 5%.
"Para
garantir atendimento rápido e eficaz à população, os serviços do Samu
precisam contar com uma estrutura adequada", disse o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, em nota oficial.
Centrais de urgências
Centrais
de urgências do Samu também vão ter aumento na verba, diz a pasta. As
maiores cidades, com mais de 3 milhões de habitantes, passarão a ter R$
440 mil para ampliação ou construção de novas unidades. Atualmente estes
municípios recebem R$ 175 mil de verba, portanto haverá um aumento do
repasse em cerca de 150%, diz o Ministério da Saúde.
No caso de municípios de porte médio, com população entre 350 mil e 3
milhões de habitantes, o aumento nos recursos vai ser de 133% - eles
passarão a obter R$ 350 mil para as centrais do Samu, mais do que os
atuais R$ 150 mil.
Municípios menores,
com até 350 mil habitantes, passarão a receber R$ 216 mil para cuidados,
ampliação ou construção de novas instalações das centrais de urgência. O
aumento vai ser de 116% com relação ao valor original, de R$ 100 mil,
diz a pasta.
Fiscalização
Já
está em vigor uma medida que tem como objetivo evitar que ambulâncias
fiquem paradas, obrigando os gestores locais de Saúde a informarem
mensalmente a produtividade de cada uma das unidades ao Cadastro
Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), disse o ministério.
A fiscalização, definida por uma portaria publicada em abril no Diário
Oficial da União, estabeleceu que gestores do SUS dos municípios
cobertos pelo Samu estão obrigados a cadastrar suas ambulâncias e
centrais de atendimento no CNES, para aumentar o controle sobre o
serviço.
Os municípios que não
atualizarem o banco de dados por mais de três meses consecutivos terão
as verbas suspensas para as ambulâncias e as centrais. Assim que o
cadastro for atualizado, o repasse de recursos será retomado.
"Na prática, significa que as ambulâncias paradas não vão continuar
recebendo recursos federais”, afirmou o secretário de atenção à saúde do
ministério, Helvécio Magalhães, segundo uma nota oficial divulgada à
época da publicação da portaria, em abril.
Quando se liga para o número do Samu, o 192, a chamada é recebida por
uma central de regulação de urgências que conta com profissionais de
saúde treinados para dar orientações de primeiros socorros por telefone.
Eles determinam o tipo de atendimento, unidade móvel e equipe adequada a
cada caso.
http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/07/governo-federal-vai-aumentar-recursos-do-samu-em-19.html
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