Fernando Augusto Almeida Neves

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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Gestão do Conhecimento

quarta-feira, 28 de julho de 2010


Um modelo SECI diferente

Prezados

Como sabemos, Nonaka consagrou a utilização do modelo SECI dentro da formulação da Teoria da Criação do Conhecimento Organizacional.

Normalmente este modelo é apresentado na forma de uma matriz 2 x 2 com os eixos horizontal e vertical indicando a dimensão epistemológica do conhecimento ( tácito e explícito), como a ela se referiu Nonaka e seus diferentes co-autores.

A dimensão ontológica ( indivíduo - grupo - organização), certamente um dos aspectos mais importantes do modelo, é representada dentro de cada célula e, talvez por isso, é muitas vezes negligenciada.

O modelo é representado na figura 1.

Figura 1 - Modelo SECI

É claro que há muita informação neste modelo, havendo muitas vezes a necessidade de criar outras representações de modo que ele possa ser melhor entendido.

A figura 2 mostra uma outra representação dos modos de conversão, que ajuda o entendimento de aspectos importantes do modelo.

Figura 2 - Modelo SECI diferente


Forte abraço

Fernando Goldman

sábado, 24 de julho de 2010


Qual o objeto da KM ?

Prezados

Interessante como a Gestão do Conhecimento (KM) é um campo propício para textos de grande confusão mental. Alguns artigos sobre o tema conseguem simultaneamente trazer ideias de grande importância misturadas com alguns dos muitos chavões, que dificultam o avanço da área e sua melhor compreensão.

Nas minhas andanças pela Internet me deparei com mais um artigo. Este, recente do portal knowledgeboard, imediatamente me interessou pelo seu título: “What is Knowledge Management?”. É o nome do meu blog também, é verdade, mas como nome de blog pode dar margem para muitas postagens. Como nome de livro dá até para tentar, mas como nome de artigo é realmente muito pretensioso. Como explicar em tão poucas linhas o que é KM ?

A autora, Farah Piepkorn, se propôs a explorar algumas das principais leituras sobre o passado, presente e futuro da KM e responder àquela pergunta.

Logo de cara, aparece com uma tirada que faz valer a leitura do artigo. Referindo-se à famosa frase de Bacon que diz que “Conhecimento é poder”, ela estabelece que embora Bacon tenha elogiado o conhecimento, foi a KM e não o próprio conhecimento que mudou a sociedade e, posteriormente, o mundo.

Eureca! Ela percebeu que o grande trunfo não está em um determinado conhecimento em si. Este, nós sabemos, fica obsoleto muito rapidamente. A autora do artigo percebeu que a capacitação de transferir conhecimento − e não o próprio conhecimento − é poder.

Eu, em linha com tudo que venho escrevendo, preferiria dizer que a capacitação de criar conhecimento é poder. De qualquer forma, Farah chegou bem perto de perceber que mapear conhecimento, como muitos insistem em propor, tem muito pouca utilidade, ou talvez nenhuma.

O grande salto é mapear, ou melhor, modelar a dinâmica do conhecimento organizacional, implicando tentar entender como ele é criado em uma organização.

Embora parecesse ir bem na sua missão de explicar o que é KM, Farah resolveu dar sua definição de KM:


Gestão do Conhecimento (KM) é o processo de capturar, documentar, armazenar, recuperar, reutilizar, criar e compartilhar o conhecimento para aumentar a produtividade e eficiência da empresa.(tradução minha)

Pronto! Danou-se. Ia tão bem e de repente teve uma recaída. A famosa confusão se a KM deve atuar diretamente sobre o conhecimento ou sobre os processos de conhecimento.

Eu venho trabalhando com uma definição que deixa claro que a KM não deve e não pode de forma alguma ter como objeto o próprio conhecimento, sob pena de se esperar que KM, por exemplo, crie novo conhecimento.
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Gestão do Conhecimento de um arranjo organizacional ou simplesmente Gestão do Conhecimento Organizacional (KM) é um metaprocesso, que, explícita e sistematicamente, define ações e práticas de apoio para melhorar as políticas, programas e processos do arranjo organizacional, que influenciam a qualidade da dinâmica do seu Conhecimento Organizacional .
Para os que não querem aceitar esta definição ou não aceitam a ideia de KM como um metaprocesso, paciência. Há outras alternativas, por exemplo, o documento European Guide to good Practice in Knowledge Management trabalha com a seguinte definição:


Gestão do Conhecimento é a gestão das atividades e processos para alavancar o conhecimento, aumentando a competitividade através da melhor utilização e criação dos recursos de conhecimento individual e coletivo. (tradução minha)

É possível notar que há vários referenciais conceituais percebendo ser a dinâmica do conhecimento que faz a diferença entre as organizações com ou sem longevidade. Sem entender o papel da dinâmica do conhecimento organizacional, fica muito difícil explicar “O que é KM ?”

Forte abraço

Fernando Goldman
 
http://kmgoldman.blogspot.com.br/2010_07_01_archive.html

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