20/09/2013 - 17:22
A iniciativa, que irá integrar o Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho, é fruto da parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), local e estadual, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a empresa BG Brasil, do segmento de petróleo e gás.
De acordo com o secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, o Centro de Supercomputação para Inovação Industrial integra a estratégia do governo federal na área de ciência e tecnologia (C&T), uma vez que impulsiona as cadeias produtivas com conhecimento local.
“Para que essa proposta seja realizada é necessário estimular os laboratórios nacionais com grande formação de recursos humanos”, observou, durante o lançamento do projeto. “Por isso estamos investindo R$ 14 milhões nesse projeto mais R$ 14 milhões em bolsas para os centros de P&D e outros R$ 30 milhões para o sistema em rede das universidades federais e instituições científicas", disse, em referência ao edital lançado ontem no âmbito do TI Maior e à Rede Ipê, que é voltada para a comunidade brasileira de ensino e pesquisa.
Sobre o projeto
O centro de supercomputação irá abrigar dois núcleos de supercomputação. O primeiro será um laboratório compartilhado de modelagem computacional para o setor de petróleo e gás natural, que contará com o maior supercomputador da América Latina. O equipamento, a ser implementado pela BG Group, tem capacidade para realizar 300 trilhões de operações por segundo (TFlops) e será usado prioritariamente em pesquisas de geofísica.
“Esta supermáquina resultará em um centro de excelência em modelagem e imagem sísmica de nível internacional, contribuindo para o desenvolvimento de estudos em campos complexos de petróleo de gás, como os do pré-sal”, afirmou o presidente da BG Brasil, Nelson Silva.
O outro é o centro de referência nacional em computação de alto desempenho para atender à indústria, voltado para as áreas de biomedicina, energia eólica, robótica e processamento de imagens.
Tecnologia
O centro de supercomputação dará prioridade ao estudo e aprimoramento da tecnologia Full Waveform Inversion (FWI) para o processamento de dados sísmicos 3D e 4D de dimensões industriais, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A Universidade de British Columbia, no Canadá, e a Imperial College London, na Inglaterra, são referências mundiais em FWI e serão colaboradores nas pesquisas.
Segundo a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, o projeto traz uma “grande contribuição” para a sociedade, pois “mudará completamente” o patamar de exploração sísmica no país. “O centro nos permitirá ultrapassar algumas barreiras de exploração, como as existentes na Bacia do Paraná, utilizando máquinas nacionais e inteligência brasileira”.
Texto: Aline Rodrigues – Ascom do MCTI
http://www.mcti.gov.br/index.php/content/view/349915/Centro_tera_o_maior_supercomputador_da_America_Latina.html#inexistente
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