Fernando Augusto Almeida Neves

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sexta-feira, 24 de maio de 2013

As empresas que mais lucraram no Brasil no 1º trimestre

Mesmo com queda de 16,5% nos ganhos, Petrobras lidera ranking dos maiores lucros das companhias com capital aberto no país, segundo a Economatica.

A Petrobras foi a companhia que apresentou o maior lucro no primeiro trimestre do ano, segundo ranking da Economatica, elaborado por Einar Rivero.


Embora a estatal tenha somado ganhos de 7,6 bilhões de reais no período, o montante é 16,5% menor na comparação com o lucro apresentado no mesmo período do ano passado.
 
Veja, a seguir, os 20 maiores lucros das empresas listada em bolsa, segundo a Economatica:
 

Petrobras

Lucro 1º trimestre 2013: R$ 7,6 bilhões

Lucro 1º trimestre 2012: R$ 9,2 bilhões

Variação:-16,5%

Setor: Petróleo e Gás   

Vale

Lucro 1º trimestre 2013: R$ 6,2 bilhões

Lucro 1º trimestre 2012: R$ 6,7 bilhões

Variação: -7,7%

Setor: Mineração 
 

Itaú Unibanco

Lucro 1º trimestre 2013: R$ 3,48 bilhões

Lucro 1º trimestre 2012: R$ 3,42 bilhões

Variação: 1,6%

Setor: Bancos
 

 
 
CONSIDERAÇÕES - Fernando Augusto Almeida Neves, Hécio Bruno Silva, Luiz Enrique:
 

ROTINAS INOVADORAS


1.    Contextualização

 
Inovação vai além de ciência e tecnologia, que são muitas vezes um dos ingredientes do processo. Inovação é muito mais do que invenção. Foi Schumpeter, um austríaco com uma rara biografia, quem assinalou esta ideia (Privada, Verde-amarelo, & Polit, 2003), a qual é muito abordada em narrativas atuais, como verificamos no texto de Pavitt, objetivo de estudo do trabalho atual.

 
Inovação usualmente pode ser classificada quanto a sua intensidade (incremental/radical) e quanto ao seu grau de novidade (nova apenas para empresa, nova para indústria no país ou para o segmento que a firma opera, nova no mundo).

 
O sucesso do esforço de inovação tecnológica de uma empresa é função da existência não somente de uma capacitação técnica, mas também de competências organizacionais (no âmbito interno das firmas) e relacionais (no âmbito das relações entre firmas) (Coutinho, 1990). Por outro lado, se as rotinas constituem as bases das capacidades das empresas, à medida que estas enfrentam mercados competitivos e dinâmicos, parece não mais fazer sentido sustentar a vantagem competitiva por meio de capacidades, uma vez que elas próprias podem se tornar obsoletas. Dessa forma, assim como os mercados, as capacidades também devem ser dinâmicas, que são definidas como habilidades da empresa de interagir, construir e reconfigurar competências internas para responder a ambientes em constante mudanças. Portanto, as capacidades das empresas estão relacionadas às suas rotinas.

 
Alves apud Nelson e Winter (1982), afirma que ser capaz significa reunir os requisitos necessários para a execução das rotinas, os quais são: 1) que os indivíduos da organização sejam dotados dos conhecimentos necessários referente aos repertórios de ações possíveis; 2) que haja equipamentos e plantas especializados e habilidade de manuseá-las esteja contida no repertório individual e coletivo; 3) que haja estímulos e entradas que serão utilizados durante os processos.

 
Cruzando a fronteira para a ciência, em particular, aumenta a diversidade de parceiros de inovação das empresas e respectivamente estímulos de inovação que, por sua vez, melhora a capacidade das empresas de introduzir inovações mais avançada. A necessidade de inovação na economia contemporânea já é consenso entre todos os atores envolvidos no processo: empresas, parceiros estratégicos, governo, clientes, fornecedores e universidades. O comportamento inovador tornou-se um dos principais diferenciais das economias, com impactos no seu nível de desenvolvimento, índices de crescimento e dinamicidade.

 
Destaca-se, assim, como um dos grandes responsáveis pelos ganhos de competitividade de países e empresas. Estudos recentes reforçam que a única variável competitiva capaz de explicar, de modo consistente, o crescimento de uma economia é sua capacidade de promover a inovação, não apenas tecnológica, mas também de produtos, processos, modelos de gestão e negócios.

 
2.    Estudo de Caso: Petrobras

 
Para um entendimento prático de capacidade dinâmica, rotinas e inovação, foi selecionada a Petrobras como estudo de caso levando-se em consideração a referência dessa empresa no quesito inovação.

 
Ao longo dos anos, a Petrobras produziu petróleo em condições inéditas. Recentemente o resultado das pesquisas conferiu a essa empresa o pioneirismo na exploração e produção com o pré-sal. Vários são os desafios tecnológicos atuais da empresa para a produção no pré-sal, recuperação de campos maduros, transporte, novos produtos, maior eficiência, sempre alinhados com a preocupação ambiental e o crescimento sustentável.

 
Inovação e desenvolvimento tecnológico são a base de todas as atividades da Petrobras. Para superar os desafios e se preparar para o futuro a empresa, desde os primeiros anos de sua existência, foca na inovação tecnológica. Esse posicionamento inovador permite que a Companhia antecipe cenários, diversifique a geração de energia, melhore os produtos e torne o negócio cada vez mais sustentável.

 
A Petrobras possui um conjunto de ações contínuas, internas e externas, que convergem para que o desenvolvimento tecnológico e a inovação aconteçam. Dentre as principais ações podem ser citadas as seguintes: 1) a construção do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Cenpes), no Rio de Janeiro, em 1973, onde estão centralizadas as atividades de Pesquisa & Desenvolvimento, é um dos complexos de pesquisa aplicada mais importantes do mundo, contando com laboratórios avançados e salas de simulações e imersão em processos da indústria de energia; 2) desenvolvimento de um novo modelo de parceria tecnológica com universidades e institutos de pesquisa por meio de redes colaborativas, o qual inclui a criação de laboratórios de ponta, capacitação de pesquisadores e desenvolvimento de projetos; 3) para incentivar ideias inovadoras, foi criado o Prêmio Petrobras de Tecnologia, que oferece premiações e bolsas de estudo para projetos de alunos de graduação, mestrado ou doutorado de instituições de ensino brasileiras, com temas tecnológicos ligados a indústria de energia e preservação ambiental.

 
Desde sua fundação, a Petrobras vem usando iniciativas de inovação aberta em vários de seus projetos, mesmo antes de a tendência ganhar o nome atual. Até a década de 70, conduziu trabalhos de pesquisa em conjunto com outras empresas, internalizando conhecimentos sobre tecnologias de refino. Com as descobertas de reservas de petróleo na Bacia de Campos, nos anos 80, intensificou-se a cooperação com outras companhias e o desenvolvimento dos primeiros projetos envolvendo outros centros de pesquisa, especialmente no campo da perfuração de poços em grandes profundidades.

 
Na década atual, foram organizadas as chamadas redes temáticas, conjuntos de universidades que recebem apoio da Petrobras e desenvolvem pesquisas de interesse da Companhia. Essas redes geraram projetos como os testes pioneiros de estabilidade de plataformas e soluções de computação gráfica. Os enormes desafios trazidos pela exploração de petróleo e gás na camada pré-sal multiplicaram as parcerias.

 
A inovação na Petrobras tem como foco a expansão dos limites, a agregação de valor e diversificação dos produtos e a sustentabilidade da indústria de energia. Pensar além das possibilidades já mapeadas e criar modelos inovadores foi o que permitiu a petrolífera superar o grande desafio de chegar ao pré-sal. Aperfeiçoar a qualidade e o desempenho dos produtos, diversificando o portfólio são fatores importantes das atividades. A empresa, através da inovação tecnológica, busca também a sustentabilidade dos negócios, reduzindo os custos operacionais, gerando produtos cada vez mais eficientes e contribuindo para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.

 
Com o propósito de tornar mais explícita essa característica inovadora que a Petrobras possui, é oportuno destacar que a empresa está entre as cinco companhias de petróleo e gás do mundo que mais investem em desenvolvimento tecnológico. Entre 2009 e 2011 foram investidos mais de R$ 3 bilhões.

 
Todas essas ações e investimentos impulsionam resultados, pois a Petrobras é a empresa que mais gera patentes no Brasil e no exterior, possuindo 1.326 registros no Brasil e 2.624 no exterior. De acordo com o índice mundial de patentes, a petrolífera brasileira é a empresa que ocupa a primeira posição na produção de inovações no mundo. Entre 2001 e 2010 foram 415 registros de patentes inovadoras (a primeira patente registrada de uma tecnologia).

 
Portanto, com base no descritivo de um ambiente empresarial no qual a inovação é tratada como elemento preponderante para o desenvolvimento do negócio, foi possível observar alguns fatores que se complementam e caracterizam uma empresa inovadora: estabelecimento da inovação como estratégia corporativa, existência de uma cultura inovadora permanente no seio da empresa, investimento financeiro, formação de parcerias com universidades e fornecedores.

 
REFERÊNCIAS

 
ALVES, André Cherubini. Rotinas, capacidades e inovação na vitivinicultura gaúcha. 2010. Dissertação Mestrado em Administração - Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

 
COUTINHO, Paulo; MARTINS, José Vítor Bomtempo. A recente evolução das competências para inovar de uma empresa do setor petroquímico brasileiro: resultados positivos e limitações. Cadernos EBAPE, v. 3, p. 01 24, 2005.

 
ORTIZ NETO, José Benedito; COSTA, Armando João Dalla. A Petrobras e a exploração de petróleo offshore no Brasil: um approach evolucionário. Revista Brasileira de Economia, v. 61, n. 1, p. 95-109, 2007.

 
PAVITT, K. Innovating Routines in the Business Firm: what matters, what’s staying the same, and what’s changing? SPRU Electronic Working Papers Series. Brighton, UK: SPRU 2000
 
 
PETROBRAS. (2013) - Energia e Tecnologia. Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/>. Acesso em: 08 mai 2013.
 
 CONSIDERATIONS - Fernando Augusto Almeida Neves, Hécio Bruno Silva, Luis Enrique:


 
INNOVATIVE ROUTINES
1. Context
Innovation goes beyond science and technology, which are often one of the ingredients of the process. Innovation is more than invention. It was Schumpeter, an Austrian with a rare biography, who pointed out this idea (Private, Green-Yellow, & Polit, 2003), which is much discussed in current accounts, as found in the text of Pavitt study objective of the current work.

Innovation usually can be classified by its intensity (incremental / radical) and as to their degree of novelty (only for new company, new to the country or industry segment for which the firm operates, the new world).

The success of technological innovation effort of a company is a function not only of the existence of a technical, but also organizational skills (in the domestic firms) and relational (in relations between firms) (Coutinho, 1990). On the other hand, if the routines constitute the bases of business capabilities, as these dynamic face competitive markets, no longer appears to make sense to maintain the competitive edge by means of capacity, since they themselves can become obsolete. Thus, as markets, should also be dynamic capabilities that are defined as the company's ability to interact construct and reconfigure internal skills to respond to ever changing environment. Therefore, the firms' capabilities are related to their routines.

Alves cited in Nelson and Winter (1982), states that means being able to gather the requirements for the execution of routines, which are: 1) that individuals in the organization are equipped with the necessary knowledge regarding the repertoires of possible actions; 2) there specialized equipment and plants and ability to handle them is contained in the individual and collective repertoire; 3) there stimuli and inputs to be used during the process.

Across the border in science, in particular, increases the diversity of partners to innovate and innovation respectively stimuli, which in turn improves the ability of companies to introduce more advanced innovations. The need for innovation in the contemporary economy is already consensus among all actors involved in the process: companies, strategic partners, government, customers, suppliers and universities. Innovative behavior has become one of the main advantages of economies, with impacts on their level of development, growth rates and dynamics.

Stands out, as well as largely responsible for the gains in competitiveness of countries and companies. Recent studies emphasize that the only competitive variable able to explain, consistently, the growth of an economy is its ability to foster innovation, not only technological, but also products, processes, management and business models.

2. Case Study: Petrobras

For a practical understanding of dynamic capability, routines and innovation, Petrobras has been selected as a case study taking into account the reference of this company in the category innovation.

Over the years, Petrobras oil produced under conditions unreleased. Recently the results of surveys given to this company pioneering in exploration and production in pre-salt. There are several technological challenges to the company's current production in pre-salt fields ripe for recovery, transport, new products, greater efficiency, always aligned with environmental concerns and sustainable growth.

Innovation and technology development are the basis of all activities of Petrobras. To overcome the challenges and prepare for the future the company, since the early years of its existence, focuses on technological innovation. This innovative positioning allows the Company to anticipate scenarios diversify power generation, improve the products and the business becomes increasingly sustainable.

Petrobras has a set of continuous actions, internal and external, which converge to the technological development and innovation happen. Among the main actions can be mentioned the following: 1) the construction of the Center for Research and Development (Cenpes), in Rio de Janeiro in 1973, where the activities are centralized Research & Development, is one of the most complex applied research important in the world, with advanced laboratories and rooms simulations and immersion processes of the energy industry, 2) development of a new model of technology partnership with universities and research institutions through collaborative networks, which includes the creation of laboratories edge, training of researchers and development projects, and 3) to encourage innovative ideas, created the Petrobras Technology Award, which offers awards and scholarships for projects of undergraduate, master's or doctoral Brazilian educational institutions, with technological issues related to the energy industry and environmental preservation.

Since its founding, Petrobras has been using open innovation initiatives in several of his projects, even before the trend gaining its current name. Until the 70s, led research work together with other companies, internalizing knowledge refining technologies. With the discovery of oil reserves in the Campos Basin, in the 80s, intensified cooperation with other companies and the development of the first projects involving other research centers, especially in the field of drilling at great depths.

In the current decade, the calls were organized thematic networks, sets of universities that receive support from Petrobras research and develop the Company's interest. These networks generated projects like pioneers stability testing platforms and solutions for computer graphics. The enormous challenges posed by oil and gas in pre-salt layer multiplied partnerships.

Innovation in Petrobras focuses on the expansion of the limits, value addition and product diversification and sustainability of the energy industry. Think beyond the possibilities already mapped and create innovative models was allowing oil to overcome the challenge of reaching the pre-salt. Improve the quality and performance of products, diversifying the portfolio are important activities. The company, through technological innovation, it also seeks business sustainability, reducing operational costs, generating ever more efficient products and helping to mitigate the effects of climate change.

In order to make more explicit this innovative feature that Petrobras has, it is worth noting that the company is among the top five oil and gas companies in the world that invest in technological development. Between 2009 and 2011 we invested more than U.S. $ 3 billion.

All these actions and investments drive results because Petrobras is the company that most patents in Brazil and abroad, having 1,326 records in Brazil and 2,624 abroad. According to the World Patent Index, the Brazilian oil company is the company that ranks first in the production of innovations in the world. Between 2001 and 2010 were 415 records of innovative patents (the first patent registered technology).

Therefore, based on the description of a business environment in which innovation is treated as indispensable elements for the development of business, there has been some factors that complement and characterize an innovative company: establishing innovation as a corporate strategy, the existence of a culture innovative permanent within the company, financial investment, partnerships with universities and suppliers.

REFERENCES


ALVES, André Cherubini. Routines, capabilities and innovation in winemaking. 2010. Master Thesis in Business Administration - Management School, Federal University of Rio Grande do Sul.

Coutinho, Paul; MARTINS José Vítor Bomtempo. The recent evolution of skills to innovate in a Brazilian petrochemical company: achievements and limitations. Notebooks EBAPE, v. 3, p. 01 24, 2005.

ORTIZ Neto, José Benedito; COSTA, Armando João Dalla. Petrobras and offshore oil exploration in Brazil: an evolutionary approach. Brazilian Journal of Economics, vol. 61, no. 1, p. 95-109, 2007.

Pavitt, K. Innovating Routines in the Business Firm: what matters, what's staying the same-, and what's changing? SPRU Electronic Working Papers Series. Brighton, UK: SPRU 2000.

PETROBRAS. (2013) - Energy and Technology. Available at: <http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/>. Accessed on: May 8, 2013.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O Impacto da Crise Global Sobre a Evolução da Inovação Entre 2009-2011, Segundo a OCDE


 

Postado por admin em 12 - mar - 2013


No último trimestre de 2008, com a falência do banco Lehman Brothers, a crise financeira internacional, iniciada no segmento de hipotecas americanas de alto risco, transforma-se em uma crise sistêmica global, encadeando forte desalavancagem das instituições financeiras, elevação da aversão a riscos e a interrupção de linhas externas de crédito. Como resultado, verificou-se a desvalorização brusca de moedas de vários países, a deflação de ativos reais e financeiros, a queda do dinamismo do comércio internacional e o aumento do desemprego, sobretudo nas economias desenvolvidas.


O importante documento “Science, Technology and Industry Outlook 2012” da OCDE que é objeto desta resenha, mostra que a crise internacional não poupou a inovação. A partir de um conjunto de indicadores, tais como o número de registro de patentes e de marcas, o montante de gasto de empresas e do setor público em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e de enquetes junto aos governos e empresas, o relatório da OCDE identifica uma queda do desempenho das atividades associadas à ciência, tecnologia e inovação (CT&I) na maior parte dos países analisados.


Os principais canais de transmissão da crise sobre as atividades de CT&I foram a dificuldade crescente de acesso ao financiamento, que afetou, sobretudo, as pequenas e médias empresas (PME), e principalmente a queda da demanda dos produtos das principais empresas inovadoras somada a fortes incertezas sobre a evolução futura de seus mercados.


Os efeitos negativos da crise sobre a inovação incidiram, entretanto, de forma heterogênea segundo os países e setores econômicos. Em termos geográficos, o desempenho da inovação permite a classificação de países em três grupos diferentes. De um lado, aqueles países que pouco sofreram com a crise internacional, mantendo seu desempenho positivo em matéria de inovação, tais como muitos países emergentes e em desenvolvimento, especialmente os asiáticos (China, Coreia, Índia, etc.). De outro lado, os países onde as atividades de P&D e de inovação foram mais duramente afetadas, compreendem aqueles cujos sistemas de inovação já se mostravam fragilizados mesmo antes da crise internacional, tais como alguns países do leste e do sul da Europa. Entre esses dois grupos, encontra-se a maioria dos casos, formando um terceiro grupo onde as atividades associadas à inovação resistiram em algum grau os efeitos da crise, mas cuja evolução futura continua incerta.


Ademais, pôde se verificar que o conjunto de empresas de média intensidade tecnológica, que inclui o setor automobilístico, foi o que mais sofreu com a crise, apresentando os piores indicadores em relação à evolução de suas vendas, geração de emprego e gastos com P&D. Da mesma forma, levando em conta o tamanho das empresas, as PME e as empresas jovens foram mais duramente prejudicadas pela evolução recente da conjuntura econômica.


Carta IEDI n. 559
 
 
Apesar desse cenário, até 2012 os gastos públicos em CT&I resistiram bem à crise e à degradação das finanças públicas, sugerindo o reconhecimento estratégico da inovação por parte dos governos nacionais. Assim, a política de inovação foi incluída em planos de recuperação econômica em diversos países, seguindo as seguintes tendências: suporte aos institutos públicos e à ampliação da infraestrutura de pesquisa, redução da asfixia financeira das empresas, ajuda direcionada às PME, ajustamento dos instrumentos de política, com destaque para o aumento da importância de isenções fiscais às empresas inovadoras, identificação e incentivo à inovação de setores essenciais para a competitividade nacional (especialização inteligente) e reformas estruturais.


O desempenho futuro da inovação continua, todavia, imerso em incertezas provenientes de dois fatores: o prolongamento da crise econômica e a crise financeira do setor público, que coloca em risco a capacidade dos governos de continuar reforçando ou preservando os incentivos à inovação de forma a arrefecer a retração do setor privado da Crise Global Sobre a Evolução da Inovação Entre 2009-2011. No último trimestre de 2008, com a falência do banco Lehman Brothers, a crise financeira internacional, iniciada no segmento de hipotecas americanas de alto risco, transforma-se em uma crise sistêmica global, encadeando forte desalavancagem das instituições financeiras, elevação da aversão a riscos e a interrupção de linhas externas de crédito. Como resultado, verificou-se a desvalorização brusca de moedas de vários países, a deflação de ativos reais e financeiros e a queda do dinamismo do comércio internacional e o aumento do desemprego, sobretudo nas economias desenvolvidas.


Entre meados de 2009 e início de 2010, parecia se desenhar uma tendência de recuperação da atividade global, refletindo-se na valorização de ativos e em expectativas favoráveis para a evolução do PIB, como resposta às políticas macroeconômicas anticíclicas adotadas pelos governos de inúmeros países no período anterior. Esse cenário, contudo, não se concretizou. Os efeitos defasados da desaceleração econômica sobre as receitas fiscais dos países se fizeram sentir em 2010 e 2011, e somaram-se à ampliação dos gastos públicos, decorrente do desemprego e de políticas fiscais anticíclicas, de sorte a gerar dúvidas, e consequentemente especulação financeira, sobre a sustentabilidade da dívida pública de vários países da OCDE, especialmente europeus.


O Science, Technology and Industry Outlook 2012 (STI) da OCDE mostra que, na maior parte dos países, a crise internacional teve um impacto negativo sobre a evolução dos gastos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e em inovação, à exceção das economias emergentes, especialmente as asiáticas, tais como Coreia, Índia e China, cujas trajetórias foram muito pouco afetadas. A conjuntura recente só não foi ainda mais prejudicial à inovação devido ao fato de que o apoio público às atividades de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) de empresas e instituições públicas de pesquisa integrou o conjunto mais amplo de medidas de combate à crise adotadas por inúmeros países.


Categories: Artigos, Inovação

 
CONSIDERAÇÕES - Fernando Augusto Almeida Neves:
 
Em 2008, no segundo semestre, iniciou a crise econômica que provocou a influência nos resultados organizacionais das empresas. Os Administradores tiveram que se adaptar e analisar, para decidir em quais critérios competitivos as empresas estavam ameaçadas e definir estratégias para estas permanecerem e serem competitivas no atual mercado globalizado.
 
Na visão de Vasconcelos, (2005), o mundo tornou-se globalizado e o fato de que qualquer crise no mundo vai afetar as empresas, faz com que estas devam ser muito mais rápidas no estabelecimento de ações em termos de previsão e oportunidades. Além disso, o crescente número de alianças entre organizações tem proporcionado a formação de verdadeiras redes, configurando o que se chama hoje de Sociedade em Rede.
 
A análise externa verifica as ameaças e oportunidades que estão no ambiente da organização e as melhores formas de evitar e usufruir dessas situações. A empresa deve olhar para fora de si, para o ambiente onde estão as oportunidades e ameaças. Corresponde, portanto, ao estudo dos diversos fatores e forças do ambiente, às relações entre eles ao longo do tempo e seus efeitos ou potenciais efeitos sobre a organização, baseadas nas percepções das áreas em que as decisões estratégicas da empresa deverão ser tornadas.
 
O desequilíbrio imposto pela globalização possibilita uma maior cooperação entre as empresas que interagem associativamente com outros agentes econômicos. Novamente exige-se uma adaptação organizacional, através da eliminação de novas barreiras organizacionais, agora impostas pelo ambiente externo. (RUI, 2011).
 
A inovação é fundamental, porque através dela as organizações tornam-se capazes de gerar riqueza e qualidade contínua e, portanto, manterem-se ou tornarem-se competitivas nos mercados em que atuam. As estratégias competitivas tendem a ser muito parecidas dentro de um mesmo mercado e apenas a empresa que se afasta do grupo competitivo de empresas, consegue cumprir seu papel de aumento de competitividade e consequente geração de riqueza.
 
O Planejamento Estratégico, que se tornou o foco de atenção da alta administração das empresas, volta-se para as medidas positivas que uma empresa poderá tomar para enfrentar ameaças e aproveitar as oportunidades encontradas em seu ambiente. (ALDAY, 2000)
 
Porter (2003) destaca que uma das questões centrais em estratégia competitiva é a posição relativa de uma empresa dentro de seu segmento, e a base fundamental para obter um desempenho acima da média é a criação de uma vantagem competitiva sustentável. Existem dois tipos básicos de vantagem competitiva: liderança em custo e diferenciação.
 
Assim sendo, no ambiente empresarial é importante haver inovação na empresa, proporcionando um crescimento desta através de idéias inovadoras e efetivas. Vive-se em um novo ambiente competitivo global, O objetivo da administração é a eficiência, eficácia e melhoria de seus processos. O administrador eficiente está sempre procurando os melhores métodos e processos de trabalho, logo, tentando fazer corretamente e com perfeição a Gestão Tecnológica da Inovação. O administrador eficaz está sempre procurando os melhores resultados e tentando alcançar os objetivos empresariais a contento dentro do seu nicho de mercado.
BIBLIOGRAFIA
ALDAY, Hernan E. Contreras. O planejamento estratégico dentro do conceito de administração estratégica. Revista FAE, Curitiba, v. 3, n. 2, p. 9-16, 2000.
 
NA CHINA, Desigualdades de Renda; EO ENDIVIDAMENTO, Distribuição de Renda. REVISTA TEMPO DO MUNDO, Volume 3, Número 3, Dezembro de 2011..
 
PORTER, M. E. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. 23.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 512 p.
 
RUI, Charles et al. ESTUDO DE CASO DOS IMPACTOS DA CRISE GLOBAL NOS CRITÉRIOS COMPETITIVOS ESTRATÉGICOS DE EMPRESAS. Revista Gestão Industrial, v. 7, n. 1, 2011.
 
VASCONCELOS; L. C. S.; NASCIMENTO; A. Q.; MOREIRA; M. C.; MENDES; E. S. Politicas públicas para a agricultura familiar: um estudo de caso do PRONAF no assentamento corixinha, Cáceres/MT. In: XIV Encontro Nacional de Geografia, 2006, Acre. Anais... XIV Encontro Nacional De Geógrafos, 2006, v. único.
 
CONSIDERATIONS - Fernando Augusto Almeida Neves:
 

In 2008, in the second half, started the economic crisis that caused the influence on organizational outcomes of companies. The Administrators have had to adapt and analyze, to decide which criteria competitive companies were threatened and strategies for these remain and be competitive in today's global marketplace.

In view Vasconcelos (2005), the world has become globalized and the fact that any crisis in the world will affect companies, makes these should be much faster in setting actions in terms of forecasting and opportunities. Furthermore, the growing number of alliances between organizations has provided training of real networks, setting what is called today the Network Society.

The analysis checks the external threats and opportunities that are in the organization's environment and the best ways to prevent and take advantage of these situations. The company should look out for themselves, the environment where the opportunities and threats. Therefore corresponds to the study of the various factors and environmental forces, relations between them over time and their effects or potential effects on the organization, based on perceptions of the areas in which strategic decisions must be made.

The imbalance imposed by globalization enables greater cooperation between the companies that interact associatively with other economic agents. Again it requires organizational adaptation, through the elimination of new organizational barriers, now imposed by the external environment. (RUI, 2011).

Innovation is key, because it allows organizations become capable of generating wealth and continuous quality and therefore remain or become competitive in the markets they serve. Competitive strategies tend to be very similar within the same market and only company that moves away from the competitive group of companies, can fulfill its role of increasing competitiveness and consequent generation of wealth.

The Strategic Plan, which became the focus of attention of top management of companies, back to the positive steps that a company can take to address threats and seize the opportunities found in their environment. (ALDAY 2000).

Porter (2003) notes that one of the central questions in competitive strategy is the relative position of a company within its industry, and the essential foundation for performance above average is to create a sustainable competitive advantage. There are two basic types of competitive advantage: cost leadership and differentiation.

Thus, the business environment is important to have innovation in the enterprise, providing this growth through innovative ideas and effective. We live in a new global competitive environment, the goal of management is the efficiency, effectiveness and improvement of its processes. The effective manager is always looking for the best methods and work processes, so trying to properly and perfectly Management Technological Innovation. The effective manager is always looking for the best results and trying to achieve the business objectives to the satisfaction within your niche market.
BIBLIOGRAPHY

ALDAY, Hernan E. Contreras. Strategic planning within the concept of strategic management. FAE Magazine, Curitiba, v.. 3, n. 2, p. 9-16, 2000.

IN CHINA, Income Inequality, AND DEBT, Income Distribution. TIME MAGAZINE WORLD, Volume 3, Number 3, December 2011.

PORTER, M. E. Competitive Advantage: Creating and sustaining superior performance. 23.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 512 p.

RUI Charles et al. CASE STUDY OF IMPACTS OF THE CRISIS IN GLOBAL STRATEGIC BUSINESS COMPETITIVE CRITERIA. Industrial Management Magazine, vol. 7, n. 1, 2011.

Vasconcelos L. C. S.; BIRTH; A. Q.; MOREIRA, M. C.; MENDES, E. S. Public policies for family farming: a case study in the settlement PRONAF corixinha, Caceres / MT. In: XIV National Meeting of Geography, 2006 Acre. Proceedings. XIV National Meeting Of Geographers, 2006, vol. only.

domingo, 5 de maio de 2013

Artigo sobre BSC - Balanced Scorecard, escrito por Fernando Augusto Almeida Neves

Balanced Scorecard – BSC: Instrumento para Tomada de Decisão 
                             

                                                FERNANDO AUGUSTO ALMEIDA NEVES[1]
 
                                                CARLOS AUGUSTO CHAGAS PALMA[2]
 
                                                           FRB – Faculdade Ruy Barbosa
                                                                  Grupo DeVry – Brasil
                                        Rua Espírito Santo, 575 - CEP 41830-120 - Salvador -BA
                                      Telefone: (71) 3344.7477; email: posgraduacao@frb.edu.br
 
Resumo
Modernas técnicas de modelo de gestão são buscadas pelas organizações para enfrentar o atual ambiente globalizado de hiper-competitividade e alta concorrência, este trabalho apresenta o BSC - Balanced Scorecard, um Instrumento para Tomada de Decisão que tem início na visão da empresa, a partir das quais são definidos os fatores críticos de sucesso, os indicadores de desempenho e permite a definição de metas e a medição dos resultados atingidos em áreas críticas da execução das estratégias. Portanto, o Balanced Scorecard é um modelo de gestão de desempenho, derivado da visão e estratégia, refletindo os aspectos mais relevantes do negócio e de sua Gestão Estratégica. O presente artigo tem como objetivo analisar os reflexos da implantação do BSC sob a perspectiva dos gestores, para tanto se realizou uma pesquisa exploratório-descritiva e análise da ferramenta SmartDraw, por intermédio de um estudo bibliográfico, e concluiu-se que a implantação do BSC acarreta em mudanças gerenciais que influenciam positivamente como Instrumento para Tomada de Decisão.
Palavras-chave: Globalização. Balanced Scorecard. Desempenho. Gestão Estratégia.
 
                   Abstract
Modern techniques of management model are sought by organizations to address the current global environment of hyper-competitiveness and high competition, this paper presents the BSC - Balanced Scorecard, a tool for decision making that begins in the company's vision, from which defines the critical success factors, performance indicators and allows the setting of goals and measuring results achieved in critical areas of implementation strategies. Therefore, the Balanced Scorecard is a performance management model, derived from the vision and strategy, reflecting the most relevant aspects of their business and strategic management. This article aims to analyze the impacts of implementing the BSC from the perspective of managers, so a search was performed both exploratory and descriptive analysis of SmartDraw tool, through a bibliographic study and concluded that the implementation of the BSC leads to management changes that positively as a Tool for Decision Making.
Keywords: Globalization. Balanced Scorecard. Performance. Management Strategy.

[1] Pós-Graduação “Lato Sensu” Engenharia de Software, da Faculdade Ruy Barbosa. E-mail: fernandonev@hotmail.com. Discente.

[2]Mestrado Interdisciplinar em Modelagem Computacional, FVC – CEPEV. Orientador.

1  INTRODUÇÃO
 
Hoje a excelência de qualidade empresarial é exigida continuamente, o grande desafio do administrador é manter um sistema de informação gerencial que forneça informações consistentes, certas e oportunas para tomar decisões acertadas no ambiente em que se encontra. Neste contexto o BSC é visto como uma ferramenta organizacional que pode ser utilizada para gerenciar importantes processos como estabelecimento de metas individuais e de equipe, remuneração, alocação de recursos, planejamento e orçamento, feedback e aprendizado estratégico.

O Balanced Scorecard - BSC equilibra as dimensões financeiras e não financeiras de uma empresa permitindo monitorar a organização com o balanceamento da visão financeira, operacional e com a visão de longo prazo propiciando aos gerentes um instrumento que necessitam para ter sucesso competitivo, primando por uma visão sistêmica. Antigamente o êxito das empresas era determinado pelo modo como se valiam dos benefícios da sua contabilidade. Durante esse período, sistemas de controle financeiro foram desenvolvidos com a finalidade de facilitar, controlar e monitorar alocação eficiente de capital financeiro e físico. Nas últimas décadas tornou-se obsoleta muita das premissas fundamentais da administração de uma empresa.

O BSC - Balanced Scorecard consiste na tradução e monitoramento da Gestão com cunho Estratégico, considerando a interatividade dos ativos não financeiros da empresa, como processos, produtos e serviços inovadores, capacitação e motivação do Capital Humano, bem como Sistemas de Informação, de modo a maximizar os resultados financeiros da empresa.
 
Kaplan & Norton (1997) ressaltam que as empresas da Era da Informação estão baseadas em um novo conjunto de premissas operacionais: processos interfuncionais; ligação com clientes e fornecedores; segmentação de clientes; escala global; inovação e trabalhadores do conhecimento. Kaplan e Norton criaram um novo modelo de medição de desempenho, na opinião dos autores, os modelos de avaliação de desempenho, até então existentes, baseavam-se muito em indicadores contábeis e financeiros. Pode-se observar que o processo de gestão em relatórios financeiros se mostra inadequado, pois está interligado a um modelo contábil desenvolvido há séculos para um ambiente de transações isoladas entre entidades independentes.

Nessa conjuntura organizacional é comum a elaboração de um planejamento estratégico, o grande desafio hoje para o gestor é gerir informações corretas e adequadas para que sejam tomadas as decisões mais apropriadas para o desenvolvimento empresarial.
 
Deste modo, o presente artigo tem como objetivo analisar os reflexos da implantação do BSC sob a perspectiva dos gestores, para tanto se realizou uma pesquisa exploratório-descritiva e análise da ferramenta SmartDraw, por intermédio de um estudo bibliográfico, da implantação do BSC que acarreta em mudanças gerenciais que influenciam positivamente como Instrumento para Tomada de Decisão.
 
2  CONJUNTURA DO BALANCED SCORECARD - BSC

Na década de 90, os Estados Unidos media a performance das organizações, já que os métodos existentes para avaliação do desempenho organizacional eram apoiados nos indicadores contábeis e financeiros e estavam se tornando obsoletos.

Acadêmicos e executivos pesquisaram e desenvolveram um novo modelo que considera os objetivos em curtos e longos prazos, medidas financeiras e não-financeiras, indicadores de desempenho e as perspectivas endógenas e exógenas do desempenho empresarial. Essa síntese foi feita por Robert S. Kaplan, professor da Harvard Business School, e David P. Norton, presidente da Renaissance Solutions, em 1992, no artigo The balanced scorecard – measures that drive perfomance (Balanced scorecard – medidas que impulsionam o desempenho) publicado na conceituada revista Harvard Business Review.

Com essa publicação deram início a uma nova forma de avaliação de indicadores, pois mostraram as desvantagens de usar apenas medidas financeiras para julgar o desempenho organizacional, fomentando as empresas a medirem também fatores como qualidade e satisfação do cliente. O que os autores chamaram de “Balanced Scorecard - BSC” vem sendo utilizados nos Estados Unidos como uma ferramenta adequada para medir o desempenho das empresas, tornando-se a marca de uma organização com uma ótima gestão. Administradores de empresas de sucesso afirmam que o Balanced Scorecard é o alicerce sobre a qual se fundamenta seu sistema de gestão empresarial.

Segundo Porter (1989), os setores variavam de acordo com cinco "forças competitivas" básicas e a compreensão dessas forças era fundamental para se elaborar a estratégia e garantir uma vantagem. Porter argumentava que, embora a melhor estratégia para qualquer dada empresa dependesse de suas circunstâncias específicas, no nível mais amplo uma empresa só pode assumir três posições defensáveis que lhe permitirão lidar com sucesso com as cinco forças competitivas, assegurar um retorno superior sobre os investimentos para seus acionistas e ter um desempenho superior ao de seus concorrentes no longo prazo.

Disse Porter (1989), a análise das fontes da vantagem competitiva tinha que ocorrer não no nível da empresa como um todo, mas no nível das atividades distintas que uma empresa realiza para projetar, produzir, comercializar, entregar e oferecer suporte ao seu produto. Em suma, em todas as empresas haveria uma cadeia de atividade que gerava valor para seus clientes, e somente por meio da cuidadosa análise dessa "cadeia de valor" é que a empresa poderia encontrar fontes de vantagem competitiva sustentável.

2.1 Panorama do Balanced Scorecard - BSC

Os objetivos estratégicos de uma organização são alcançados quando o Gestor é capaz de propagar uma visão comum na empresa como um todo e fomentar ações relevantes para se atingir o êxito e sucesso empresarial. O BALANCED SCORECARD - BSC integra as ações Estratégicas, Operacionais e Organizacionais, estabelecendo um processo estruturado para a criação de medidas adequadas e objetivas em todos os setores, proporcionando a sinergia entre os grupos de ações e garantindo o alinhamento de toda a empresa.
 
O BALANCED SCORECARD – BSC mede as perspectivas futuras se valendo de indicadores de desempenho, pautados estrategicamente nas áreas das Finanças, dos Clientes, dos Processos Internos e Crescimento. O escopo, integração, descrição dos objetivos e das iniciativas desses quatro âmbitos constituem os alicerces do BALANCED SCORECARD - BSC, que devem ser consolidados e efetivados ao pensamento estratégico da organização. A figura 01, a seguir, demonstra como estas perspectivas podem ser estruturadas:
Figura 01 – As perspectivas do Balanced Scorecard. (Adaptado de Kaplan e Norton,1997).

2.2 Âmbito Financeiro

É a visão dos Gestores sobre os acionistas. Avalia a lucratividade e o retorno financeiro proporcionados pela estratégia. Mede e avalia os reais resultados que o negócio promove e precisa para sua evolução e desenvolvimento, assim como para satisfação dos stakeholders (em português, parte interessada ou interveniente). Entre os indicadores financeiros que podem ser considerados, constam retornos sobre o investimento, o valor econômico agregado, a lucratividade, o aumento de receitas, redução de custos e outros objetivos de cunho financeiro que estejam alinhados com a estratégia da organização. No âmbito financeiro, as medidas financeiras indicam se a empresa está obtendo êxito com as estratégias determinadas, implementadas e executadas pela empresa.

Em geral, esse êxito é medido pela sua lucratividade, pelo seu crescimento e pelo incremento do valor para o acionista (shareholder value). Se os indicadores financeiros não mostram o esperado, pode haver problemas na execução, na implementação ou até mesmo na definição das estratégias.

Kaplan & Norton (1997) identificaram três estágios do negócio: Estágio de rápido crescimento: objetivos enfatizarão o crescimento das vendas, os novos mercados e novos consumidores, os novos produtos e novos canais de marketing, vendas e distribuição, mantendo um nível adequado de gastos com desenvolvimento de produtos e processos. Estágio de sustentação: objetivos enfatizarão as medidas financeiras tradicionais, tais como retorno sobre o capital investido, lucro operacional e margem bruta. Estágio de colheita: ênfase sobre o fluxo de caixa. Qualquer investimento deverá prover retorno em caixa certo e imediato.
 
2.3 Âmbito Do Cliente

É o ponto de vista do Cliente no que diz respeito a fonte externa de receitas, identificando os segmentos de mercado pretendidos e os fatores críticos de sucesso da empresa. Identifica os fatores que são importantes na concepção dos clientes é uma exigência do BSC, e a preocupação desses situa-se em torno de quatro categorias: tempo, qualidade, desempenho e serviço. Em termos de indicadores constam as participações de mercado, aquisição de clientes, retenção de clientes, a lucratividade dos clientes e o nível de satisfação dos consumidores. Mudanças em processos que ajudem a reduzir custos dos clientes ou que permitam atingir os objetivos mais rapidamente têm valor para esse cliente.

Segundo Kaplan e Norton (1997), a perspectiva do cliente permite aos executivos identificar segmentos de clientes e de mercado nos quais as unidades de negócio possam competir, bem como definir as medidas de desempenho das unidades nos seus segmentos-alvo.

Eles propõem que a perspectiva do cliente seja montada visando aos seguintes pontos-chave: Participação de mercado – representação da proporção de vendas da unidade de negócio no mercado em que atua determinada em termos de número de clientes, capital investido, unidades vendidas ou instaladas; Retenção de clientes: acompanhamento, em números absolutos ou relativos, do percentual de clientes com os quais a unidade de negócio continua mantendo relações comerciais; Captação de clientes: medição, em termos absolutos ou relativos, do percentual de clientes novos ou de novos negócios ganhos pela organização; Satisfação dos clientes: registro do nível de satisfação dos clientes em relação a critérios preestabelecidos de desempenho ou de valor agregado. Lucratividade do cliente: medição da lucratividade da empresa no negócio ou nos negócios com um cliente, ou com um segmento de mercado, depois de levantar as despesas específicas requeridas para atender esse cliente ou esse mercado.
 
3  ANÁLISE DA FERRAMENTA BALANCED SCORECARD – BSC: SMARTDRAW

SmartDraw é um Sistema de Informação que permite criar organogramas, diagramas e fluxogramas, calendários, diagramas de rede, cronogramas, etc. É um concorrente direto e mais barato do que o Microsoft Visio. Atualmente está na versão 7. Nas revistas de informática, circulam por vezes versões mais antigas, mas freeware. Mostra-se como uma excelente ferramenta de Balance Scorecard – BSC.

O Balance Scorecard - BSC é um modelo de gestão da estratégia que vem sendo amplamente implementado por médias e grandes empresas em todo o mundo. Gestores buscam com este modelo uma melhor forma de comunicar, implementar e gerenciar uma estratégia. No entanto, para que isso se realize de forma eficaz, a simples adoção do modelo em si parece ser insuficiente.

A ferramenta SmartDraw processa as informações inseridas, resultando em Balance Scorecard - BSC equilibrado, fornecendo subsídios para o gerenciamento dos indicadores da organização.

Ao clicar em comandos simples e SmartDraw constrói seu diagrama para você, automaticamente. Adicionar ou remover um elemento, e SmartDraw realinha e organiza tudo automaticamente para oferecer ótimos resultados o tempo todo.

O SmartDraw já vem com os modelos que atendem as necessidades do gestor no que diz respeito aos indicadores. A Interface é amigável, permitindo ao administrador fazer gráficos e tabelas de modo rápido e efetivo. O programa tem modelos prontos de Balanced Scorecard – BSC e ferramentas de marketing. SmartDraw traduz o que você precisa para se comunicar facilmente de forma atraente, com qualidade e visual profissionais em minutos, eliminando a necessidade de elaboração de rascunhos manuais, usando um SmartTemplate e então use comandos simples para adicionar formas e SmartDraw os coloca da maneira correta, com as conexões adequadas.

A edição é intuitiva e ágil de desenvolver. Para excluir uma forma, basta selecionar e excluir, automaticamente o SmartDraw edita o restante de seu trabalho de modo a garantir a harmonia de seu desenho. Para garantir o seu visual parece tão limpo quanto possível, SmartDraw aplica-se um tema de design profissional automaticamente. Você pode ainda mudar para um novo tema. SmartDraw traduz o que você precisa para se comunicar facilmente de forma atraente, com qualidade e visual.

O uso da ferramenta de Balance Scorecard SmartDraw promove o alinhamento da estratégia em objetivos e ações concretas; dos indicadores chave com os objetivos estratégicos a todos os níveis. Proporciona à gestão uma visão sistematizada organizacionais; constitui um processo de avaliação e desempenho operacional; facilita a comunicação dos objetivos e atualização da estratégia; permite focalizar os colaboradores na sua consecução; suporta desenvolver uma cultura de aprendizagem e melhoria continua; a atribuição de incentivos em função do desempenho individual e da contribuição para os resultados do negócio. O Balanced Scorecard ajuda a reduzir a quantidade de informação utilizada a um conjunto mínimo de indicadores vitais e críticos.

A utilização da ferramenta de Balance Scorecard - BSC SmartDraw tem levado a um sucesso menor na implementação. Neste sentido, vale ressaltar que:

A proposta de adoção do Balance Scorecard - BSC, dissociada de uma ação de mudança comportamental mais profunda, principalmente com os gestores, não foi suficiente para atingir os objetivos traçados.

A implementação do BSC não solucionou o problema da pouca ênfase em planejamento de longo prazo e não conseguiu o engajamento de todos para colocá-lo em prática. Aparentemente, para se promover às mudanças de comportamento desejadas, as intervenções de Desenvolvimento Organizacional (DO) mostram-se extremamente apropriadas.

Mudanças em atitudes e habilidades de indivíduos e grupos, tais como: incremento em iniciativa; capacidade de planejamento; controle; comunicação eficaz; entre outras, todas elas necessárias para se atingir os objetivos traçados em uma organização orientada à estratégia, podem ser obtidas por meio de atividades de educação e treinamento comportamentais.

A ausência de planejamento da mudança comportamental fez com que a própria implementação do modelo técnico fosse comprometida, uma vez que muitos executivos não perceberam o valor que ele possuía e a necessidade de sua implementação.

A mudança de comportamento, sem uma ferramenta que suporte a nova forma de gestão, talvez também não fosse suficiente. Provavelmente ações de mudança técnicas e comportamentais em paralelo fossem o ideal. Estas suposições não encerram o assunto.

No entanto, fica evidente o paralelo que pode ser traçado entre a implementação de um novo modelo de gestão como o Balanced Scorecard e as práticas de Desenvolvimento Organizacional (DO), pois é fundamental para seu sucesso que a cultura organizacional esteja presente na utilização da ferramenta Balanced Scorecard – BSC.

4  CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa se deu de forma a esclarecer os impactos do BSC - Balanced Scorecard, um Instrumento para Tomada de Decisão dentro da organização, visando à definição de metas e a medição dos resultados atingidos em áreas críticas da execução das estratégias e análise da ferramenta de Balanced Scorecard – BSC: SmartDraw, apresentando uma ordenação de conceitos e idéias de modo lógico, conciso e inteligente. Sua aplicação implica uma série de benefícios, como integração de medidas financeiras e não-financeiras, comunicação e feedback da estratégia, vínculo da estratégia com planejamento e orçamento, garantia de foco e alinhamento organizacional. Todavia, não pode ser considerado única alternativa para todos os males do Planejamento Estratégico e da Gestão Estratégica. É fundamental para seu sucesso que a cultura organizacional esteja presente na utilização da ferramenta Balanced Scorecard – BSC: SmartDraw.

Segundo Kaplan & Norton (1997) o alinhamento do BSC com a estratégia empresarial inicia-se com a definição da missão e dos objetivos estratégicos do negócio em cada uma das quatro perspectivas. Na seqüência realiza-se uma análise dos fatores críticos de sucesso para o atingimento dos objetivos estratégicos e selecionam-se indicadores de desempenho para obter-se o feedback da implantação e sucesso da estratégia.

O presente trabalho analisou que o aprendizado, desenvolvimento e o crescimento da empresa vêm de três principais fontes: as pessoas, os sistemas e os procedimentos organizacionais. É a base para a obtenção dos objetivos das outras perspectivas, representa o maior interesse do Gestor. Identifica também as capacidades de que a empresa deve dispor para atingir os processos internos capazes de criar e agregar valor para os stakeholders. Como indicadores importantes podem ser considerados: nível de satisfação dos clientes internos (colaboradores), rotatividade dos funcionários, lucratividade por funcionário, capacitação e treinamento dos funcionários e participação dos funcionários com sugestões para redução de custos ou aumento de receitas. Essas perspectivas são interligadas, em relações de causa e efeito e fazem parte da estratégia da empresa.

Portanto, o Balanced Scorecard - BSC visa solucionar o problema de comunicação do planejamento empresa como um todo, utilizando uma visão holística de gestão em beneficio do seu planejamento estratégico. É o planejamento em ação, pois usa práticas de gerenciamento efetivo, revelando-se como uma ferramenta capaz de atender às novas exigências da administração nos atuais cenários econômicos em constantes mutações, como um instrumento de maior importância à construção de uma estrutura de indicadores estratégicos que possua abrangência e coerência compatível com a nova era da informação e gestão do conhecimento.

O BSC, de acordo com Campos (2001), não traz qualquer conceito novo, mas repensa temas antigos, chamando a atenção para pontos que estavam esquecidos ou mal compreendidos, mostrando a vinculação entre pontos vitais que não estavam claramente articulados. Demonstra, portanto, como os conhecimentos estabelecidos podem ser aplicados nos tempos atuais, se valendo de técnicas modernas de administração, para atender às exigências impostas pelo ambiente globalizado, por conseguinte, aumenta a compreensão da estratégia para colocar em operação os objetivos da empresa em prática. Logo, o BSC deve fazer parte das ferramentas utilizadas pelos gestores para gerirem de maneira efetiva as empresas e construírem organizações de sucesso.

Portanto diante das observações efetivadas na pesquisa e das considerações expostas no presente estudo, conclui-se que o uso da ferramenta de Balance Scorecard: SmartDraw firmada como um novo método de gestão estratégico no qual produz uma real compreensão de como a decisão do gestor pode impactar em toda a estratégia da empresa, nos indicadores de desempenho qualificados e nos planos de ação, todavia o SmartDraw apesar de ser um gerenciador de estratégia, ele vai depender das características de competitividade e efetividade decorrentes da capacidade de concepção, análise e conhecimento de seus gestores.

Vislumbra-se, no futuro, a implementação da ferramenta SmartDraw em uma empresa e, com a sua utilização,  realizar o  Gerenciamento pelas Diretrizes na implementação de estratégias que podem ser uma forma de transformá-las em realidade, pois quando a organização envolve seus gerentes em todos os níveis, comprometendo a encontrar uma forma de colocar em prática ações que traduzam na realização do objetivo almejado, vai chegando mais próxima de sua realização. SmartDraw é uma ferramenta facilitadora, centralizadora das implicações das decisões de negócios. Porém seu bom desempenho vai decorrer de quem está usando ou de como será utilizado.
 
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STAIR, Ralph M.. Princípios de Sistemas de Informação: Uma Abordagem Gerencial. 2ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. (658.4038011 C88p 1998).

Article on BSC - Balanced Scorecard, written by Fernando Augusto Almeida Neves
 

Balanced Scorecard - BSC: Tools for Decision Making


FERNANDO AUGUSTO ALMEIDA NEVES [1]


CARLOS AUGUSTO Chagas PALMA [2]

 
FRB - Faculdade Ruy Barbosa

DeVry Group - Brazil

Street Spirit, 575 - CEP 41830-120 - Salvador-BA

Phone: (71) 3344.7477; email: posgraduacao@frb.edu.br

Summary

 
Modern techniques of management model are sought by organizations to tackle the current global environment of hyper-competitiveness and high competition, this paper presents the BSC - Balanced Scorecard, an Instrument for Decision that begins in the vision of the company, from which defines the critical success factors, performance indicators and allows setting goals and measuring results achieved in critical areas of implementation strategies. Therefore, the Balanced Scorecard is a performance management model, derived from the vision and strategy, reflecting the most relevant aspects of the business and its Management. This article aims to analyze the impacts of the implementation of the BSC from the perspective of managers, for both held one exploratory-descriptive research and analysis tool SmartDraw through a bibliographical study, and concluded that the implementation of the BSC
leads to management changes that positively as an Instrument for Decision Making.

Keywords: Globalization.
Balanced Scorecard.
Performance.
Management Strategy.

Abstract

 
Modern techniques of management model are sought by organizations to address the current global environment of hyper-competitiveness and high competition, this paper presents the BSC - Balanced Scorecard, a tool for decision making que begins in the company's vision, from Which defines the critical success factors, performance indicators and Allows the setting of goals and measuring results Achieved in critical areas of implementation strategies. Therefore, the Balanced Scorecard is a performance management model, derived from the vision and strategy, reflecting the most relevant aspects of Their business and strategic management. AIMS this article to analyze the impacts of Implementing the BSC from the perspective of managers, so the search was Performed Both exploratory and descriptive analysis of SmartDraw tool, through a bibliographic study Concluded que and the implemetation of the BSC leads to management changes positively the que
a Tool for Decision Making.

 
Keywords: Globalization. Balanced Scorecard. Performance.
Management Strategy.
--------------------------------------------------
------------------------------[1] Graduate "Lato Sensu" Software Engineering, Faculty of Ruy Barbosa. E-mail: fernandonev@hotmail.com. Student.

[2] Masters in Interdisciplinary Computational Modeling, FVC - CEPEV.
Advisor.
 1 INTRODUCTION
 
Today the business excellence quality is required continuously, the great challenge of the administrator is to maintain a management information system that provides information consistent, certain and timely to make good decisions in the environment in which it lies.  In this context, the BSC is seen as an organizational tool that can be used to manage important processes as setting individual and team goals, compensation, resource allocation, planning and budgeting, strategic feedback and learning.

The Balanced Scorecard - BSC balances the financial and non-financial dimensions of a business allowing you to monitor the organization with the vision of balancing financial, operational and long-term vision of providing managers with a tool they need for competitive success, striving for a vision systemic. Previously successful companies was determined by how availed themselves of the benefits of its accounts. During this period, financial control systems were developed in order to facilitate, control and monitor the efficient allocation of financial and physical capital.
In recent decades it has become obsolete much of the fundamental assumptions of the management of a company.

The BSC - Balanced Scorecard consists of translation and monitoring of Strategic Management with nature, considering the interaction of non-financial assets of the company, such as processes, innovative products and services, training and motivation of Human Capital and Information Systems, in order to maximize the company's financial results.

Kaplan & Norton (1997) point out that companies in the Information Age are based on a new set of operating assumptions: functional processes; connection with customers and suppliers, customer segmentation, global, innovation and knowledge workers.
 
Kaplan and Norton have created a new model of performance measurement, in the opinion of the authors, models of performance appraisal, hitherto existing, relied a lot on accounting and financial indicators.
 
It can be observed that the process of management financial reports shall be found inadequate, it is connected to an accounting model developed centuries ago to an environment of single transactions between independent entities.
 
At this juncture it is common organizational preparation of a strategic plan, the major challenge today for the manager is to manage information correct and proper order to take the most appropriate decisions for business development.
 
Thus, this article aims to analyze the effects of the implementation of the BSC from the perspective of managers, for both held one exploratory-descriptive research and analysis tool SmartDraw, through a bibliographic study of the implementation of BSC which carrie in managerial changes that positively as an Instrument for Decision Making.2 SCENARIO OF BALANCED SCORECARD - BSC

In the 90s, the United States measured the performance of organizations, since existing methods for evaluation of organizational performance were supported in accounting and financial indicators and were becoming obsolete.
 
Academics and executives researched and developed a new model that considers the goals in short and long term, financial and non-financial performance indicators and prospects endogenous and exogenous business performance. This synthesis was performed by Robert S. Kaplan, a professor at Harvard Business School, and David P.
 
Norton, president of Renaissance Solutions, in 1992, in the article The Balanced Scorecard - Measures que drive performance (Balanced scorecard - measures that drive performance) published in the prestigious Harvard Business Review.

With this publication began a new form of evaluation indicators, as shown the disadvantages of using only financial measures for judging organizational performance, encouraging businesses to measure also factors such as quality and customer satisfaction.

What the authors call "Balanced Scorecard - BSC" has been used in the United States as an appropriate tool to measure the performance of companies, making it the mark of an organization with an excellent management.
Managers of successful companies claim that the Balanced Scorecard is the foundation on which it bases its business management system.

According to Porter (1989), the sectors varied according to five "competitive forces" and the basic understanding of these forces was essential to develop strategy and ensure an advantage. Porter argued that, although the best strategy for any given company depended on your specific circumstances, at the broadest level a company can only take three defensible positions that allow you to deal successfully with the five competitive forces, to ensure a higher return on investment for
shareholders and have outperformed their competitors in the long run.

Said Porter (1989), the analysis of the sources of competitive advantage had to occur not at the level of the company as a whole, but at the level of different activities that a company performs to design, produce, market, deliver and support its product.
In short, in all companies there would be a chain of activities that create value for their customers, and only through careful analysis of this "value chain" is that the company could find sources of sustainable competitive advantage.
 
2.1 Overview of the Balanced Scorecard - BSC

The strategic objectives of an organization are achieved when the manager is able to propagate a common sight in the company as a whole and promote relevant actions to achieve success and business success.
The Balanced Scorecard - BSC integrates the actions Strategic, Operational and Organizational establishing a structured process for the creation of appropriate and objective in all sectors, providing synergy among groups of actions and ensuring alignment across the enterprise.

The Balanced Scorecard - BSC measures future prospects taking advantage of performance indicators, guided strategically in the areas of Finance, Customer, Internal Process and Growth. The scope, integration, description of the objectives and initiatives of these four areas are the foundation of the Balanced Scorecard - BSC, which should be consolidated and made effective the strategic thinking of the organization.
Figure 01, below, demonstrates how these perspectives can be structured:

2.2 Scope Financial

It is the vision of managers over shareholders. Evaluates the profitability and financial returns provided by the strategy. Measures and evaluates the actual results that the business needs to promote and its evolution and development, as well as satisfaction of stakeholders (in Portuguese, interested party or intervener).

Among the financial indicators that can be considered, included returns on investment, economic value added, profitability, revenue growth, cost reduction and other financially driven goals that are aligned with the organization's strategy.
On the financial front, the financial measures indicate whether the company is succeeding with certain strategies, implemented and enforced by the company.
 
In general, this success is measured by its profitability, its growth and the increase in shareholder value (shareholder value). If financial indicators do not show the expected, there can be problems in the execution, implementation or even in defining strategies.
 
Kaplan & Norton (1997) identified three stages of business: Stage of rapid growth: objectives emphasize sales growth, new markets and new customers, new products and new channels of marketing, sales and distribution, while maintaining an appropriate level of spending with development of products and processes. Stage support: objectives emphasize traditional financial measures such as return on invested capital, operating income and gross margin. Harvest stage: emphasis on cash flow. Any investment should provide for certain cash and return immediately.
2.3 Scope Of The Customer
 
It is the view of the client with respect to an external source of revenues, identifying market segments expected and critical success factors of the company. Identifies the factors that are important in the design of customers is a requirement of the BSC, and these concern lies around four categories: time, quality, performance and service. In terms of the indicators included market share, customer acquisition, customer retention, customer profitability and satisfaction of consumers. Changes in processes that help reduce costs of customers or that achieve their goals more quickly have value for that customer.
According to Kaplan and Norton (1997), the customer perspective allows executives to identify customer segments and markets in which the business units can compete, as well as defining the performance measures of the units in their target segments.
 
They propose that the customer perspective is mounted targeting the following key points: Market share - representing the proportion of sales of the business unit in the market in which it operates determined in terms of number of customers, capital invested, sold or installed; Customer Retention: monitoring, in absolute or relative, the percentage of customers with whom the business unit continues to maintain trade relations; Capture customers: measurement in absolute or relative terms, the percentage of new customers or new business gains the organization; Customer Satisfaction: record level of customer satisfaction in relation to established criteria of performance or value. Customer profitability: measuring the company's profitability in the business or in business with a customer or a market segment, after raising the specific expenditure required to meet this customer or that market.
3 ANALYSIS TOOL Balanced Scorecard - BSC: SMARTDRAW
 
SmartDraw is an information system that allows you to create charts, diagrams and flow charts, calendars, network diagrams, timelines, etc.. It is a direct competitor and cheaper than Microsoft Visio. Is currently in version 7. In computer magazines circulate sometimes older versions, but freeware. Shows up as an excellent tool Balance Scorecard - BSC.
 
The Balanced Scorecard - BSC is a management strategy that has been widely implemented by medium and large companies worldwide. Managers seek with this model a better way to communicate, implement and manage a strategy. However, for this to happen effectively, the simple adoption of the model itself seems to be insufficient.
SmartDraw tool processes the information entered, resulting in Balance Scorecard - BSC balanced, providing subsidies for the management of the indicators of the organization.
 
By clicking simple commands and SmartDraw builds your diagram for you, automatically. Add or remove an element, and SmartDraw automatically aligns and arranges everything for great results every time.
 
SmartDraw comes with models that meet the needs of the manager in relation to the indicators. The interface is user friendly, allowing the administrator to make graphs and charts quickly and effectively. The program has templates ready Balanced Scorecard - BSC and marketing tools. SmartDraw translates whatever you need to communicate easily in an attractive manner, with quality and professional look in minutes, eliminating the need for manual preparation of drafts, using a SmartTemplate then use simple commands to add shapes and SmartDraw places them in the right way, with the appropriate connections.
 
Editing is intuitive and quick to develop. To delete a form, just select and delete, SmartDraw automatically edits the rest of their work to ensure the harmony of its design. To ensure your visual looks as clean as possible, SmartDraw applies a topic of professional design automatically. You can also switch to a new theme. SmartDraw translates whatever you need to communicate easily in an attractive manner, with quality and look.
 
Using the Balanced Scorecard tool SmartDraw promotes alignment of strategy into objectives and measures; core indicators with strategic goals at all levels. Provides management with systematic organizational vision, is a process of evaluation and operational performance; facilitates communication objectives and strategy update; allows employees to focus on their achievement; supports developing a culture of learning and continuous improvement; giving incentives in individual achievement and contribution to business results. The Balanced Scorecard helps reduce the amount of information used to a minimum set of indicators vital and critical.
 
The use of the tool Balance Scorecard - BSC SmartDraw has led to a minor success in implementation. In this regard, it is noteworthy that:
 
The proposed adoption of the Balanced Scorecard - BSC, dissociated from an action of deeper behavioral change, especially with the managers, was not sufficient to achieve the objectives.
 
The implementation of the BSC has not solved the problem of too little emphasis on long-term planning and failed engagement of all to put it into practice. Apparently, to promote the desired changes in behavior, interventions Organizational Development (OD) tend to be extremely appropriate.
 
Changes in attitudes and skills of individuals and groups, such as increased initiative, capacity planning, control, effective communication, among others, all of which are necessary to achieve the objectives outlined in an organization-oriented strategy, can be obtained through education activities and behavioral training.
The lack of planning behavioral change caused the technical implementation of the model itself was compromised, since many managers do not realize the value he possessed and the need for its implementation.
 
Behavior change without a tool that supports the new management, perhaps not enough. Probably change actions and behavioral techniques in parallel were ideal. These assumptions do not dismiss the subject.
 
However, it is evident that the parallel can be drawn between the implementation of a new management model as the Balanced Scorecard and practices of Organizational Development (OD), it is critical to your success that organizational culture is present in the use of the tool Balanced Scorecard - BSC.
4 FINAL
 
The research was to clarify the impact of the BSC - Balanced Scorecard, an Instrument for Decision Making within the organization in order to set targets and measure results achieved in critical areas of implementation of strategies and analysis tool Balanced Scorecard - BSC: SmartDraw, presenting a sort of concepts and ideas in a logical, concise and intelligent. Its application involves a number of benefits such as integration of financial and non-financial, communication and feedback strategy, link strategy to budgeting and planning, ensuring focus and organizational alignment. However, it can not be considered the only alternative for all the ills of Strategic Planning and Strategic Management. It is critical to your success that organizational culture is present in the use of the tool Balanced Scorecard - BSC: SmartDraw.
 
According to Kaplan & Norton (1997) BSC alignment with business strategy starts with the definition of the mission and strategic objectives of the business in each of the four perspectives.

Subsequently we make an analysis of the critical success factors for the achievement of strategic objectives and are selected performance indicators to obtain feedback from the implementation and success of the strategy.
 
This study analyzed the learning, development and growth of the company come from three main sources: people, systems and organizational procedures. It is the basis for achieving the objectives of other perspectives, the most interest is the Manager. It also identifies the capabilities that the company must have to achieve internal processes able to create and deliver value to stakeholders. How important indicators can be considered: satisfaction of internal customers (employees), employee turnover, profit per employee, training and employee training and employee ownership with suggestions to reduce costs or increase revenue. These perspectives are intertwined in relationships of cause and effect and are part of the company strategy.
 
Therefore, the Balanced Scorecard - BSC aims to solve the problem of communication planning company as a whole, using a holistic management for the benefit of its strategic planning. It is planning in action, because it uses effective management practices, revealing itself as a tool to meet the new requirements management in current economic scenarios in constant change, as an instrument of greater importance to the construction of a structure of strategic indicators that has breadth and consistency compatible with the new era of information and knowledge management.
 
The BSC, according to Fields (2001), does not bring any new concept, but rethinks old themes, drawing attention to points that were overlooked or misunderstood, showing the linkage between vital points that were not clearly articulated. Thus shows how the established knowledge can be applied in modern times, taking advantage of modern techniques of management, to meet the requirements imposed by the globalized environment, thus increasing understanding of the strategy to put into operation the company goals into practice . Thus, the BSC should be part of the tools used by managers to effectively manage businesses and build successful organizations.
 
Therefore the effect of observations on research and the considerations in the present study, it is concluded that the use of the Balanced Scorecard tool: SmartDraw signed as a new method of strategic management in which produces a real understanding of how the manager's decision may impact throughout the company's strategy, performance indicators and qualified plans of action, however SmartDraw despite being a manager strategy, it will depend on the characteristics of competitiveness and effectiveness resulting from the ability to design, analysis and knowledge of its managers .
 
It is expected in the future, the implementation of SmartDraw tool in a company and with its use, perform the Management Guidelines for the implementation of strategies that can be a way to turn them into reality, because when the organization involves its managers at all levels, committed to finding a way to put into practice actions that translate in achieving the desired objective will coming closer to realization. SmartDraw is a facilitating tool centralizing implications of business decisions. But its good performance will take place on who is using or how it will be used.
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