Postado por Tatiana Parsi em 29 Apr, 2013
A criação da “Airbus”
A “Airbus Industries”, surgiu da necessidade de se produzir uma aeronave bijato para 250 passageiros. Havia demanda e não havia opção, assim algumas indústrias aeronáuticas europeias se associaram e fundaram a “Airbus Industries” (consórcio francês, alemão, inglês e espanhol).
O projeto do A/300B, com 226 passageiros, foi lançado em 1969, no Salão Aeronáutico de Paris e em 1971 a primeira aeronave ficou pronta. O seu primeiro voo foi em outubro de 1972. A Air France foi a primeira cliente da empresa, encomendando 06 unidades A-300B2 para 250 passageiros.
Em 1975 a “Airbus” tinha 55 aeronaves compradas por três empresas estrangeiras e 10% do mercado mundial à época, para esse tipo de aeronave. O A-300B4 entrou no mercado norte-americano através da Western Ailines, que comprou 04 unidades. O crescimento foi rápido e a “Airbus” terminou o ano de 1979 com 256 aeronaves encomendadas por 32 empresas, sendo que 81 já estavam em serviço regular por 14 companhias.
Em julho de 1978 a “Airbus” lançou o A-310, inicialmente configurado para 218 passageiros: uma aeronave um pouco menor, com maior raio de ação e tanques maiores. O A-320 foi apresentado em 1984 e a família veio a seguir (A-321 em 1989 – com 180/200 lugares, o A-319 em 1992 – com 120 lugares e finalmente o A-318 em 1999 – com107 lugares). Os primeiros clientes do A-320 foram as seguintes companhias: Air France, British Caledonian, Adria Airways, Air Inter e Cyprus Airways. Essas aeronaves menores fazem muito sucesso e são as principais responsáveis pela fatia de mercado atual da empresa. Posteriormente vieram o A330 e o A340, os maiores fabricados pela “Airbus”, sendo que o A340 é o único quadrijato. Ambos tem grande autonomia de voo e boa capacidade de carga. A versão cargueira é fabricada apenas no A330 (A330F), que é bijato e mais econômico que o A340.
Dois dos maiores desafios de nossa indústria são o preço dos combustíveis e o impacto da aviação comercial no meio ambiente. Ao trabalhar em conjunto com a Airbus e a Embraer em uma solução para biocombustíveis, podemos acelerar sua disponibilidade e reduzir o impacto de nossa indústria no planeta.
A ousadia de um gigante
Em dezembro do ano 2000, a “Airbus” começou a produção para testar e certificar o A-380. Com 550 lugares, autonomia para 14.800 Km, é a maior aeronave já construída pelo homem até hoje.
O voo inaugural do A380 foi realizado no dia 25 de outubro de 2007, entre Singapura e Sydney. Decolou do aeroporto de Changi com 455 passageiros a bordo e pousou em Sydney.
A Singapore Airlines vendeu os bilhetes do voo num leilão beneficente e doou os cerca de 2 milhões de dólares (1,4 milhões de euros) recebidos à “Associação do Câncer do Pulmão” de Singapura, a dois hospitais infantis de Sydney e à organização não-governamental “Médicos Sem Fronteiras”.
A versão cargueira tem capacidade para 150 toneladas e 10.410 Km de voo nonstop. A aeronave encontra-se em desenvolvimento, com entrada prevista para 2014. Seu concorrente direto é o Boeing 747-8F.
O A-380 no Brasil
A estreia do gigante em aeroportos brasileiros aconteceu no dia 10 de dezembro de 2007 no Aeroporto Internacional de Guarulhos em São Paulo, vindo de Buenos Aires onde se apresentou às Aerolineas Argentinas, que adquiriu 03 aeronaves.
A aeronave fez um voo de demonstração para jornalistas e empresários no dia 11 de dezembro, até o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em um total de 1 hora e 50 minutos.
Já a segunda visita, ocorreu no dia 22 de março de 2012. A aeronave de prefixo F-WWDD foi ao país para um evento promocional da “Airbus”.
Várias companhias que fazem uso do Aeroporto de Guarulhos demonstraram interesse em operá-lo em suas rotas para o Brasil, porém serão necessárias alterações nas pistas de táxi e fingers, nos aeroportos brasileiros.
“Airbus” e o Brasil
As fabricantes de aeronaves “Boeing”, “Airbus” e a brasileira “Embraer” assinaram um memorando de entendimentos para trabalhar em conjunto no desenvolvimento de um sistema que facilite o acesso a biocombustíveis de aviação. As três principais fabricantes globais de aviões informaram em comunicado que, em conjunto, vão buscar a colaboração dos governos, de produtores de biocombustíveis e outras partes interessadas em promover e acelerar a disponibilidade de fontes renováveis de combustível para novos jatos.
O memorando foi assinado pelo presidente de aviação comercial da Boeing, Jim Albaugh; pelo presidente da Airbus, Tom Enders; e pelo presidente de aviação comercial da Embraer, Paulo Cesar Silva, em Genebra. “Há momentos para competir e há momentos para cooperar”, afirmou Jim Albaugh.
“Dois dos maiores desafios de nossa indústria são o preço dos combustíveis e o impacto da aviação comercial no meio ambiente. Ao trabalhar em conjunto com a Airbus e a Embraer em uma solução para biocombustíveis, podemos acelerar sua disponibilidade e reduzir o impacto de nossa indústria no planeta.”
Mudanças na “Airbus”
A “Airbus” em julho de 2001, efetuou uma mudança em sua estrutura, passando a ser uma empresa e não um consórcio de empresas, com o nome de “Société par Actions Simplifiée – S.A.S.”, com efeito retroativo a janeiro de 2001. A companhia continua sediada na França e tem bases na Alemanha, Grã-Bretanha e Espanha. Ela tem como subsidiárias, a EADS – “European Aeronautic Defense and Space Company”e “BAE Systems”, ambas com base no Reino Unido – num consócio entre a Matra (França), CASA (Espanha), DaimlerChrysler Aerospace of Germany (Alemanha) e BAE Systems (Inglaterra). A BAE Systems possui 20% da “Airbus” e as demais 80% do capital da empresa.
Hoje são mais de 1.500 de fornecedores de 27 países – sendo 800 dos Estados Unidos e 100.000 componentes diferentes fornecidos. A “Airbus” emprega 48.500pessoas, de 50 nacionalidades e em 16 locais diferentes na Europa. Em 2003, pela primeira vez, tornou-se a maior fornecedora mundial de aeronaves comerciais, superando a “Boeing Company” (norte-americana).
Recentemente, a “Airbus” concretizou o maior acordo de sua história no comeco de março. A companhia Lion Air, da Indonésia, fechou um pedido no valor de €18,4 bilhões. Os presidentes de ambas as companhias assinaram o contrato no palácio do governo francês, um símbolo da importância da venda. A Airbus deverá entregar 234 aeronaves, o que irá gerar 5 mil empregos na França, onde o desemprego passa dos 10%. Em tempos de crise, uma boa notícia.